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Estado de Minas

Programas do candidatos ao governo de SP tratam crise h�drica com superficialidade


postado em 14/07/2014 09:19 / atualizado em 14/07/2014 10:02

S�o Paulo - Os tr�s principais candidatos ao Pal�cio dos Bandeirantes dedicam pouco espa�o � amea�a de falta d’�gua que ronda a Grande S�o Paulo e parte do interior do Estado nos �ltimos meses no primeiro documento oficial com propostas de governo nestas elei��es.

Na semana em que, pela primeira vez na hist�ria, o volume �til do Sistema Cantareira secou, Geraldo Alckmin (PSDB), Alexandre Padilha (PT) e Paulo Skaf (PMDB) entregaram � Justi�a Eleitoral um esbo�o do programa com propostas pouco objetivas sobre o tema, segundo especialistas ouvidos pelo Estado. O tucano dedicou 1,4% de todas as palavras que comp�em suas diretrizes para quest�o da �gua; Skaf reservou 3,6%, e Padilha, 0,5%.

A crise h�drica no Sistema Cantareira, que abastece parte da Grande S�o Paulo e a regi�o de Campinas, est� na ponta da l�ngua dos postulantes ao Pal�cio dos Bandeirantes desde antes de a campanha come�ar oficialmente, no domingo passado.

Os discursos de Padilha e de Skaf est�o carregados de cr�ticas e acusam o governador Geraldo Alckmin pelos riscos enfrentados pela popula��o. Nenhum dos candidatos, por�m, traduz as cr�ticas em propostas efetivas nos documentos apresentados � Justi�a Eleitoral.

Segundo dados dispon�veis no site da Sabesp, �rg�o respons�vel pela distribui��o de �gua na regi�o metropolitana, o Sistema Cantareira operava na sexta-feira com 18,6% de sua capacidade, hoje constitu�da integralmente pela �gua vinda do "volume morto" - reserva de �gua do fundo do reservat�rio.

As diretrizes do programa petista s�o consideradas as mais "fracas" pelos especialistas ouvidos. Coordenadores do programa de Padilha fazem apenas tr�s men��es ao termo "�gua" nas 19 p�ginas do documento. O programa assinado pelo candidato petista n�o esclarece pontualmente o que vai fazer para combater a crise h�drica caso seja eleito governador.

"S�o fundamentais pol�ticas que assegurem o direito � cidade, � cultura, ao esporte e ao lazer, promovam a inclus�o no mercado de trabalho, enfrentem o d�ficit habitacional, universalizem o abastecimento de �gua e melhorem a qualidade do transporte p�blico", diz um dos trechos do texto. As outras duas ocorr�ncias da palavra nas diretrizes de Padilha ocorrem nas passagens em que o petista aborda a quest�o dos mananciais e para criticar a gest�o tucana na administra��o da crise h�drica.

"O programa do Padilha � o mais fraco do ponto de vista de �gua, de tratar do tema de seguran�a h�drica. � um programa gen�rico ambiental, est� em qualquer livro de engenharia ambiental", diz o presidente do Conselho Mundial da �gua e professor da Escola Polit�cnica da Universidade de S�o Paulo (USP), Benedito Braga.

O vice na chapa de Padilha, Nivaldo Santana (PC do B), foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores em �gua, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de S�o Paulo (Sintaema), entidade que representa funcion�rios da Sabesp. Santana ainda tem influ�ncia no setor.

Desperd�cio. Nas diretrizes de Skaf, documento de 25 p�ginas dividido em t�picos, o tema da �gua � tratado pelo peemedebista com mais objetividade. Cita, por exemplo, uma proposta contra o desperd�cio e outra na qual sugere prioridade na quest�o do tratamento de esgoto.

A crise h�drica � abordada no esbo�o do programa de Skaf no item "Abastecimento de �gua" e vem seguida das propostas para o setor. "A Sabesp deve investir para redu��o significativa das perdas. Investir em fontes alternativas para a capta��o e o armazenamento de �gua para o abastecimento da Regi�o Metropolitana de S�o Paulo. Utilizar PPPs (parcerias p�blico-privadas) na coleta, no tratamento e no destino do esgoto tratado e de seu res�duo", afirma o documento do peemedebista.

Estudiosos avaliam que as diretrizes menos gen�ricas para o problema h�drico s�o as de Alckmin, mas ponderam que, por ele disputar a reelei��o e j� estar no governo h� quatro anos, deveria detalhar ainda mais suas propostas para um tema que fragilizou os �ltimos meses de seu mandato. Dos 20 anos que o PSDB est� no comando do Estado, Alckmin totaliza nove no posto.

S�o Louren�o


O documento da campanha tucana aborda a quest�o h�drica no cap�tulo "Saneamento Ambiental". O texto pontua, por exemplo, a proposta de acelerar as obras do Sistema S�o Louren�o - parceria p�blico-privada da atual gest�o que prev� capta��o, armazenamento e tratamento de �gua para atender o oeste e o sudoeste da Grande S�o Paulo, atingindo cerca de 1,5 milh�o de pessoas. A obra est� prevista para ser entregue em 2018. "Acelerar a implanta��o do Sistema Produtor de �gua S�o Louren�o, aumentando a capacidade de produ��o de �gua tratada para a Regi�o Metropolitana", diz o documento.

"O do Alckmin � o mais objetivo", diz Braga. Coordenadora da Rede �guas, �rg�o vinculado � ONG SOS Mata Atl�ntica, Malu Ribeiro destaca a proposta de recupera��o de mananciais. "� muito importante para a produ��o de �gua. � a li��o de casa que a gente n�o fez. Mas j� faz 20 anos que o PSDB est� no poder. Por que n�o foi feito antes?"

As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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