
Bras�lia – Um dia ap�s o t�rmino da Copa do Mundo, a presidente Dilma Rousseff (PT) escalou um time de 16 ministros para capitalizar eleitoralmente o sucesso da “Copa das Copas”. No Centro Integrado de Comando e Controle em Bras�lia, por duas horas e meia, em rede de emissoras p�blicas, pelo menos 13 deles se revezaram no p�lpito para apresentar, com embrulho de campanha eleitoral, o balan�o do megaevento esportivo. Durante a explana��o, o ministro da Secretaria de Comunica��o da Presid�ncia, Thomas Traumann, e o da Casa Civil, Aloizio Mercadante, soltaram o mote “imagina nas Olimp�adas”, hashtag que j� inunda as redes sociais. A oposi��o reagiu. O PSDB, por meio do Instituto Teot�nio Vilela (ITV), divulgou nota com um balan�o paralelo para mostrar que muito do que foi prometido pelo governo acabou n�o sendo cumprido.
Mercadante aproveitou para fustigar, sem mencionar nomes, os dois principais

Dilma abriu o evento afirmando que foi um grande desafio organizar e garantir uma Copa � altura do povo brasileiro. “N�s vivemos, nesses dias, uma festa fant�stica. Mais uma vez, o povo brasileiro revelou sua capacidade de bem receber”, disse. Ela citou ainda progn�sticos que indicavam o atraso nos est�dios e em outras obras de infraestrutura.
Segundo a presidente, as previs�es de que os empreendimentos n�o ficariam prontos a tempo estavam erradas. “Diziam que o Maracan�, que foi palco ontem (domingo) de um momento bel�ssimo, s� ficaria pronto em 2038. Enfim, n�o ficaria pronto nunca. N�s n�o ter�amos aeroportos nem a capacidade de receber milhares e milhares de turistas vindos de outras partes do mundo. Derrotamos, sem d�vida, a previs�o pessimista e realizamos, com a imensa e maravilhosa ajuda do povo brasileiro, essa Copa das Copas”, emendou.
Quanto ao impacto econ�mico do evento, Mercadante informou que ainda n�o foi feita uma an�lise ampla, mas citou os R$ 30 bilh�es calculados pela Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas (Fipe), da Universidade de S�o Paulo (USP). O ministro da Defesa, Celso Amorim, ressaltou a integra��o das for�as de seguran�a. “A palavra para o legado que fica � integra��o.”
‘Vaias e apupos’
A nota do ITV ressalta o constragimento de Dilma ao entregar � ta�a � sele��o alem� no Maracan�. “Dilma Rousseff praticamente se livrou da ta�a na cerim�nia de premia��o da campe� Alemanha, na tentativa de evitar vaias e apupos. Mesmo levando tr�s segundos para pass�-la �s m�os do capit�o Philipp Lahm, n�o conseguiu. Com a mesma velocidade, o governo petista quer agora dar um jeito de virar a p�gina da Copa do Mundo, decretando seu sucesso absoluto”, ressalta a nota. “A ‘Copa das Copas’ n�o aconteceu.” O PSDB aproveitou para divulgar um “contrabalan�o”. “Dos 167 compromissos assumidos em 2010, apenas 53% foram finalizados a tempo do Mundial. Outros 41% estavam incompletos e seriam conclu�dos durante ou, na maior parte dos casos, depois da Copa”, diz o texto. O PSB do candidato Eduardo Campos n�o se manifestou sobre o assunto.
Propostas gen�ricas
O tema “futebol” � tratado de maneira superficial e pouco detalhada nas diretrizes dos programas de governo dos tr�s principais candidatos da disputa presidencial. As diretrizes apontadas pela presidente Dilma Rousseff (PT) se limitam a informar que � “urgente modernizar a organiza��o e asrela��es do futebol, nosso esporte mais popular”. N�o h�men��o sobre como isso poder� ser feito.
O documento indica que � preciso “desenvolver um sistema nacional de esportes que integre as
pol�ticas p�blicas entre os entes federados”. A�cio Neves (PSDB) defende “o reconhecimento da
import�ncia dos clubes na matriz esportiva nacional”. Ele aponta ser necess�rio “aprimoramento e
maior acesso aos mecanismos de incentivo a atletas, t�cnicos e projetos esportivos”. Eduardo
Campos (PSB) defende os esportes em geral inseridos na educa��o integral.