Bras�lia - As diretrizes do programa de governo da campanha � reelei��o da presidente Dilma Rousseff entregues no in�cio do m�s ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) incorporaram parte da agenda dos advers�rios na disputa pelo Pal�cio do Planalto. As adapta��es t�m o objetivo de responder ao discurso que A�cio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) pretendem levar ao centro do debate eleitoral.
A rela��o entre Uni�o, Estados e munic�pios - principalmente no que se refere � distribui��o dos tributos entre eles - foi citada superficialmente no programa de Dilma em 2010. J� o programa desta elei��o defende "enfrentar o desafio" de uma reforma federativa que defina melhor as "atribui��es dos entes federados". "Essa reforma � necess�ria para conferir maior agilidade e qualidade aos servi�os p�blicos, em especial para aqueles sob responsabilidade de mais de um dos entes federados", afirma o texto petista destas elei��es.
No per�odo pr�-eleitoral, entre o fim do ano passado e o in�cio deste ano, A�cio e Campos se aproximam de prefeitos e governadores com discurso cr�tico ao impacto que as desonera��es de impostos federais geram nos cofres municipais.
O presidente da Confedera��o Nacional dos Munic�pios, Paulo Ziulkoski diz ver com ceticismo a discuss�o de uma reforma federativa. "Falar na palavra (sobre reforma federativa) � bonito, mas eu gostaria que houvesse debate durante a campanha para esclarecer como eles v�o fazer efetivamente isso", afirmou o dirigente da entidade.
A agenda ambiental tamb�m foi ampliada na vers�o 2014 do programa petista. Entre as promessas est�o o aprofundamento do processo de moderniza��o do licenciamento ambiental, a redu��o de emiss�es, o compromisso com a seguran�a h�drica e a "reestrutura��o produtiva em dire��o � economia de baixo carbono". Em 2010, a campanha limitava-se a prometer que a "pol�tica industrial levar� em conta crit�rios ambientais" e a enfatizar o combate ao desmatamento.
A infla��o � citada sete vezes no programa de 2014, mais que o dobro de men��es no documento de 2010. O programa deste ano prop�e o "fortalecimento de uma pol�tica macroecon�mica s�lida, intransigente no combate � infla��o". "Entendemos o poder devastador da infla��o sobre as rendas das fam�lias, os sal�rios e os lucros das empresas e por isso jamais transigir�amos ou transigiremos com um elemento da pol�tica econ�mica com esse potencial desorganizador", afirma o documento entregue � Justi�a Eleitoral.
As diretrizes j� tornadas p�blicas ainda n�o s�o o programa final da campanha de Dilma. Os petistas prometem um plano de governo mais completo no desenrolar da campanha.