Depois de prometer o passe livre para estudantes, o candidato do PSB � Presid�ncia, Eduardo Campos, estuda incluir em seu programa de governo outra proposta de apelo popular: o fim do fator previdenci�rio.
Integrantes da equipe de Campos t�m debatido internamente como viabilizar a proposta, que deve ser inclu�da na nova vers�o do programa de governo do candidato prevista para ser apresentada at� o fim do m�s.
Em dezembro do ano passado, em encontro com representantes sindicais, Campos defendeu a viabilidade econ�mica do fim do fator previdenci�rio. Na �poca, o presidenci�vel argumentou que o governo federal resistiu em promover a mudan�a no sistema previdenci�rio, que segundo ele traria um impacto de R$ 9 bilh�es aos cofres p�blicos, mas n�o poupou recursos para financiar as desonera��es fiscais com o intuito de aumentar o consumo no Pa�s.
Criado em 1998, durante a gest�o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o mecanismo tem como objetivo desestimular aposentadorias precoces, mas chega a reduzir o valor do benef�cio em at� 30%. Em 2009, o Congresso aprovou a sua extin��o, mas a medida provis�ria foi vetada pelo ent�o presidente Luiz In�cio Lula da Silva.
No ano passado, depois da onda de manifesta��es de junho, o governo da presidente Dilma Rousseff acenou com a possibilidade de rever o fator previdenci�rio para acalmar os �nimos das centrais sindicais, mas as negocia��es n�o avan�aram.
Dilma e o tucano A�cio Neves, advers�rios de Campos na corrida presidencial, ainda n�o se pronunciaram sobre o assunto nesta campanha.
Ao n�cleo sindicalista que o apoia, ligado ao deputado Paulo Pereira da Silva (SDD), da For�a Sindical, A�cio tem dito que a sua equipe t�cnica est� analisando a viabilidade do tema.
Propostas. Em terceiro lugar nas pesquisas, estacionado no patamar dos 10% das inten��es de voto, Campos vai apostar em propostas populares para ganhar visibilidade e conquistar o voto do eleitor.
Na ter�a-feira, o candidato do PSB anunciou que iria defender a bandeira do passe livre estudantil, uma das reivindica��es dos milhares de jovens que foram �s ruas nas manifesta��es do ano passado.
Campos n�o detalhou de onde sairiam os recursos para custear o transporte gratuito, mas sinalizou que a Uni�o poderia adotar medidas como a desonera��o de setores e a diminui��o do pre�o do combust�vel.