Vereadora do Recife pelo PSB no segundo mandato, Mar�lia Arraes, 30 anos, prima do presidenci�vel e ex-governador Eduardo Campos, declarou seu apoio � reelei��o da presidente Dilma (PT) e � elei��o de Armando Monteiro Neto (PTB) ao governo de Pernambuco, nesta sexta-feira, 18, em entrevista coletiva. O candidato ao governo estadual pelo PSB � o afilhado pol�tico de Campos, seu ex-secret�rio de Fazenda, Paulo C�mara.
Sem esconder a m�goa pela falta de apoio � sua candidatura � C�mara Federal, da qual desistiu em junho, a vereadora disse ter tentado falar com Campos, desde o ano passado, diversas vezes e por diversas formas - buscando agenda junto � sua ent�o chefia de gabinete, por telefone ou mensagem - mas n�o foi atendida. E quando falava com prefeitos correligion�rios da sua disposi��o de se candidatar, contou da indaga��o comum a v�rios deles: "Mas voc� pediu a Eduardo?"
"N�o considero esta pr�tica uma nova pol�tica, considero muito mais antiga do que a praticada por Miguel Arraes, que j� sofria cr�tica por ser centralizador", disse ela na entrevista, prestigiada pelo senador Humberto Costa (PT), coordenador da campanha � reelei��o da presidente Dilma em Pernambuco e de v�rias lideran�as petistas no Estado.
Neta do ex-governador Miguel Arraes (1916-2005) - � filha de Marcos, irm�o de Ana, m�e de Campos - Mar�lia j� havia apontado incoer�ncias na pol�tica do primo quando desistiu da candidatura em junho, e as refor�ou na entrevista de hoje. Observou que Campos defende, no n�vel nacional, a necessidade de um l�der para o Brasil e n�o de um gerente (referindo-se � presidente Dilma), mas em Pernambuco escolheu um secret�rio estadual sem experi�ncia pol�tica para ser seu candidato. Tamb�m disse n�o aceitar as alian�as do PSB no Estado, com "partidos de direita", a exemplo do DEM, PMDB e PSDB. "N�o � s� a ades�o de um outro partido", observou. Para ela, as alian�as passam "do limite da incoer�ncia".
Ela n�o pretende deixar o PSB, onde milita h� mais de 10 anos e fez quest�o de separar a quest�o pol�tica da familiar. "Quero deixar claro que nossa rela��o na pol�tica � completamente separada da familiar, que � muito boa, a gente sempre se deu bem e a fam�lia � unida". Exemplificou que apesar de n�o ter conseguido uma agenda ou conversa com Campos, ele foi ao seu casamento, neste ano.