O Conselho de �tica da C�mara dos Deputados deve encerrar na pr�xima semana a fase de instru��o do processo por quebra de decoro parlamentar contra o deputado Andr� Vargas (sem partido-PR) sem a perspectiva de ouvi-lo no colegiado. Os advogados do ex-petista avisaram que ele s� comparecer� quando as tr�s testemunhas arroladas prestarem depoimento. J� o relator deputado J�lio Delgado (PSB-MG), informou que n�o estender� o prazo de 29 de julho para esperar as oitivas de defesa.
Para a defesa, � preciso ouvir as testemunhas que conhecem sua atividade parlamentar e provar que ele procurou um jatinho emprestado para viajar com a fam�lia antes de conseguir a aeronave com o doleiro Alberto Youssef. Nesta manh�, o advogado incluiu o depoimento de um funcion�rio do Minist�rio da Sa�de para explicar a auditoria realizada no conv�nio firmado entre o governo federal e a laborat�rio Labogen. Vargas � acusado de intermediar o contato do laborat�rio com o minist�rio.
Na queda de bra�o com a defesa, o relator disse que n�o tem como ouvir todas as testemunhas, j� que parte delas recusou o convite para prestar esclarecimentos ao Conselho. Uma delas, o coordenador operacional da Arquidiocese de Aparecida, Denir Campos, comunicou que n�o viria para a oitiva por desconhecer o processo e o parlamentar. A defesa insistia para que o coordenador fosse ouvido porque a Arquidiocese seria s�cia do doleiro em um hotel na cidade de Aparecida, no interior de S�o Paulo. "A Igreja tamb�m imaginava que se relacionava com um empres�rio", argumentou o advogado.
A partir do dia 29, quando se encerrar o per�odo de instru��o, o relator ter� 10 dias �teis para apresentar seu parecer sobre o caso. Delgado disse que espera colocar o relat�rio em vota��o na primeira semana de agosto, quando haver� o "esfor�o concentrado" na C�mara. Na ocasi�o, ser� dada a oportunidade para Vargas falar ao colegiado.
Nesta manh�, os parlamentares ouviram o depoimento do capit�o de fragata Paulo Ricardo de Souza e Souza, chefe do departamento de desenvolvimento do laborat�rio farmac�utico da Marinha. O capit�o disse aos deputados que as parcerias entre a Marinha e laborat�rios privados fazem parte da pol�tica do governo para produ��o de medicamentos a custos menores. Souza disse que o tr�mite da parceria ocorreu dentro da normalidade e que o conv�nio acabou sendo interrompido ap�s o esc�ndalo envolvendo a Labogen.
Com Ag�ncia Estado