No ano que dever� ser o �ltimo em que as doa��es de empresas ser�o permitidas, as coordena��es financeiras das principais candidaturas ao Planalto admitem que a arrecada��o alternativa continuar� tendo aspecto simb�lico no financiamento das campanhas.
Tesoureiro da campanha do candidato do PSDB, A�cio Neves , o ex-ministro da Justi�a Jos� Gregori disse que n�o est� prevista a instala��o de nenhum tipo de estrutura para incentivar a doa��o de pessoas f�sicas. "Vamos ver o que � poss�vel fazer na internet, mas honestamente vai ser dif�cil. O resultado � pequeno, quase simb�lico, em face dos valores gastos em uma campanha."
A expectativa � que o Supremo Tribunal Federal (STF) confirme a proibi��o de doa��es de pessoas jur�dicas nas elei��es - 0 que valeria somente para o pr�ximo pleito. Em abril, a maioria do STF (6 a 1) votou por proibir doa��es de empresas a campanhas e a partidos. O julgamento foi suspenso porque o ministro Gilmar Mendes pediu vista do processo. Faltam os votos de quatro ministros.
N�o h�, por�m, expectativa de que esse tipo de arrecada��o seja significativa, j� que no Brasil o eleitor n�o tem a cultura de fazer doa��es diretas a candidatos. Nas elei��es de 2010, quando Marina foi candidata a presidente pelo PV, ela levantou apenas R$ 170 mil com a ajuda da ferramenta. O montante representou 0,7% do total arrecadado, que foi de R$ 24,1 milh�es.
O PT, que tem como tesoureiro o ex-presidente do diret�rio paulista da sigla, Edinho Silva, prepara uma grande campanha de comunica��o para incentivar doa��es de pessoas f�sicas � campanha da presidente Dilma Rousseff. A campanha ser� casada com a proposta de reforma pol�tica do partido. O PT � a favor do financiamento p�blico exclusivo para campanhas eleitorais, mas � flex�vel quanto �s doa��es de pessoas f�sicas.
O comit� financeiro ter� um site pr�prio. Nos pr�ximos dias o partido ter� uma ferramenta para receber doa��es nos moldes do pay-pal. Enquanto isso o partido continua usando os m�todos tradicionais de arrecada��o entre empres�rios.
Na campanha tucana, o principal respons�vel pela arrecada��o propriamente dita ser� S�rgio de Freitas, ex-diretor do Ita�. Segundo Gregori, o executivo vai atuar em conjunto com amigos de A�cio de Minas Gerais. "Ser� mais dif�cil arrecadar em 2014 do foi que em 2010. A situa��o econ�mica n�o � euf�rica. Os empres�rios se queixam da conjuntura", afirma o ex-ministro da Justi�a. "Meu ideal, e ainda vamos chegar nisso, � que a campanha seja financiada exclusivamente por correligion�rios. Hoje, infelizmente isso n�o � poss�vel e dependemos dos doadores."
Apesar de ser cr�tico do atual modelo, Gregori defende sua legitimidade. "Os doadores distribuem seus recursos entre os candidatos competitivos sem que isso gere uma rela��o de depend�ncia. J� vi doador ajudar o candidato Y mas depois ir � fal�ncia ou pedir concordata."
Aliados do candidato do PSB admitem que os resultados das �ltimas pesquisas de inten��o de voto - que mostram Campos em terceiro lugar na disputa - t�m desestimulado doa��es. Segundo um parlamentar da sigla, empres�rios que prometeram uma determinada quantia h� alguns meses j� come�aram a rever esses valores diante do desempenho do ex-governador de Pernambuco. No levantamento do Ibope divulgado na semana passada, Campos tinha 8% das inten��es de voto, atr�s de Dilma e A�cio. Entre os tr�s, � o que prev� fazer a campanha mais modesta. Seu teto de gasto � de R$ 150 milh�es - ante R$ 298 milh�es da petista e R$ 290 do tucano.