Rio - O general reformado Nilton de Albuquerque Cerqueira reuniu-se por 15 minutos com a Comiss�o Nacional da Verdade (CNV), nesta ter�a-feira e informou apenas que n�o tinha "nada a declarar". Os integrantes da CNV fizeram dez perguntas a ele, repassando toda sua participa��o pol�tica durante a ditadura militar e informando fatos que estavam em relat�rios assinados pelo pr�prio oficial. Mesmo assim, Cerqueira se manteve calado.
De acordo com a advogada criminalista Rosa Maria Cardoso da Cunha, que tamb�m faz parte da CNV, o general reformado praticamente s� falou em duas ocasi�es: na primeira, pediu que a imprensa se retirasse "porque a m�dia distorce os fatos", e, em outro momento, afirmou achar um absurdo a investiga��o de fatos "30 anos depois".
Cerqueira tamb�m disse que, em raz�o do primeiro depoimento prestado � CNV, foi denunciado pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF). Rosa explicou, no entanto, que a a��o do MPF � anterior ao depoimento.
Tamb�m com depoimento marcado para esta ter�a-feira, o ex-sargento paraquedista Jacy Ochsendorf e Souza chegou � sede da CNV �s 10h30 acompanhado dos advogados Rodrigo Roca e Carlos Marca. Ele e o irm�o Juradyr s�o acusados de participa��o em mortes no DOI-Codi do Rio (Destacamento de Opera��es de Informa��es do Centro de Opera��es de Defesa Interna) e na "Casa da Morte", em Petr�polis, na Regi�o Serrana do Estado do Rio. Jurandyr tamb�m � esperado para depor.
Os irm�os s�o acusados de envolvimento na morte do ex-deputado Rubens Paiva, preso e morto nas depend�ncias do DOI, no pr�dio do Batalh�o de Pol�cia do Ex�rcito da Tijuca (zona norte carioca), segundo o MPF e a CNV. Os irm�os Ochsendorf s�o apontados pelo MPF como autores dos crimes de fraude processual, associa��o criminosa armada e oculta��o de cad�ver.
Jacy tamb�m ficou somente 15 minutos diante da CNV. Na sa�da do acusado, um policial federal que faz a seguran�a do Arquivo Nacional impediu que a imprensa fizesse imagens do ex-sargento.