O general reformado Wilson Luiz Chaves Machado, de 66 anos, compareceu � sess�o da Comiss�o Nacional da Verdade (CNV) na manh� desta quinta-feira, 31, mas, por orienta��o de seu advogado, Rodrigo Roca, optou por n�o responder �s perguntas. Ele prestaria depoimento sobre o atentado � bomba no Riocentro (30 de abril de 1981), que o feriu e matou o sargento Guilherme Pereira do Ros�rio.
Houve uma discuss�o entre o advogado e o coordenador da CNV, Pedro Dallari, que, na presen�a de jornalistas, perguntou se Machado responderia �s 13 perguntas elaboradas pela comiss�o. "Voc� (Pedro) deu sua palavra de homem e n�o cumpriu comigo", disse Roca.
Antes, Roca afirmara que nenhum de seus clientes "declarar� mais nada sobre o per�odo de exce��o". "Tenho certeza que ele (Roca) voltar� a nos ajudar", disse Dallari � imprensa.
O ex-ministro da Justi�a Jos� Carlos Dias, membro da CNV, afirmou n�o haver motivo para recusa de Machado em depor porque ele n�o responderia a nenhum processo criminal pelo teor do que viesse a falar.
Na sa�da, o coronel n�o respondeu �s perguntas da imprensa. Questionado se o Puma que explodiu no Riocentro era dele, se foi ele quem saiu ferido quando a bomba explodiu e que 20 mil pessoas poderiam ter morrido, o militar apenas riu.
� tarde, o juiz Nelson Silva Machado Guimar�es, que durante a ditadura militar brasileira esteve lotado na 2o Auditoria da Justi�a Militar Federal de S�o Paulo, comparecer� � Comiss�o. O depoimento estava marcado para ter�a-feira passada, 29, mas foi reagendado porque a CNV rejeitou seu pedido para depor por escrito. Ele, ent�o, compareceu na data marcada, mas os membros da comiss�o disseram n�o estar preparados para interrog�-lo e remarcaram a audi�ncia.