
A primeira sess�o do Supremo Tribunal Federal (STF) ap�s a aposentadoria do ministro Joaquim Barbosa durou cerca de uma hora apenas e terminou sem a elei��o do novo presidente da Corte. Nesta semana, enquanto ainda estava de f�rias, Barbosa havia marcado para esta sexta-feira, 1º a elei��o de seu sucessor. O ministro Ricardo Lewandowski exerce a presid�ncia enquanto a escolha n�o � oficializada. Ele mesmo dever� assumir a cadeira, j� que � o integrante mais antigo da Corte que ainda n�o ficou � frente do STF.
Ao final da sess�o, Lewandowski evitou polemizar sobre a �ltima decis�o de Barbosa na Casa de marcar para hoje a elei��o. "N�o se cogitou isso (realiza��o da elei��o hoje), apenas se discutiu que n�o seria conveniente tendo em conta a aus�ncia de dois importantes e prestigiados ministros da Corte", afirmou, questionado se a elei��o no dia de hoje poderia ferir o regimento da casa. Estiveram ausentes na sess�o de hoje, que marcou o retorno dos trabalhos do Judici�rio ap�s o recesso, os ministros Luiz Fux e Lu�s Roberto Barroso.
Pelo regimento interno do STF, h� prazo de duas sess�es ordin�rias de vac�ncia entre a sa�da do presidente e a escolha do novo l�der. Como a aposentadoria de Barbosa foi publicada nesta quinta-feira, 31, no Di�rio Oficial, a escolha do novo presidente deve ser jogada para o dia 13 de agosto. O ministro Marco Aur�lio de Mello, ao final da sess�o, destacou que os ministros foram "surpreendidos" com a data marcada por Barbosa. "E se a aposentadoria dele n�o passasse?", questionou. "Ortodoxamente, segundo o regimento, se dar� no dia 13 de agosto", completou Marco Aur�lio.
A decis�o a respeito da data da vota��o n�o foi tomada em plen�rio. O assunto sequer foi tema de discuss�o na sess�o de hoje. Nos bastidores, os ministros criticam a medida de Barbosa, que estaria em desacordo com o regimento. A sess�o de hoje no STF, presidida por Lewandowski, foi c�lere e pretendeu analisar, em listas, agravos de instrumento e embargos de declara��o que estavam obstruindo a vota��o.
A�o e algod�o
Para o ministro Marco Aur�lio, a expectativa � de que, quando Lewandowski for eleito, seja mantido amplo di�logo com os ministros. Em tom de brincadeira, Marco Aur�lio disse que o futuro presidente indica ter voca��o para ser "algod�o entre cristais". "Nosso ministro Joaquim Barbosa n�o era algod�o entre cristais", disse Marco Aur�lio, que completou: "Era a�o".
Barbosa protagonizou discuss�es acaloradas com seus colegas, inclusive nas sess�es plen�rias. Com seu futuro sucessor, Lewandowski, os embates foram diretos. Nas sess�es, Barbosa acusou o colega de fazer "chicanas" no julgamento.
Com Ag�ncia Estado