Bras�lia – Diante de empres�rios respons�veis por uma produ��o equivalente a R$ 1,1 trilh�o em 2013, os principais candidatos a presidente desfilaram nessa quarta-feira propostas, promessas, diagn�sticos e realiza��es em sabatina promovida pela Confedera��o da Agricultura e Pecu�ria do Brasil (CNA). Primeiro a discursar, Eduardo Campos (PSB) buscou reverter a resist�ncia que o setor tem � candidata a vice, Marina Silva (PSB), considerada pelos produtores como uma “ambientalista radical”. Na sequ�ncia, A�cio Neves (PSDB), que conta com a simpatia do setor, prometeu um superminist�rio da Agricultura. Por fim, a presidente Dilma Rousseff (PT) enumerou os avan�os do governo na �rea e anunciou que est� pronta uma proposta de parceria agr�cola do Mercosul com a Uni�o Europeia.
Entre os presidenci�veis, A�cio Neves foi o mais aplaudido. Diferentemente da semana passada, na Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), quando centrou o discurso nas cr�ticas ao governo federal, o tucano fez uma apresenta��o mais propositiva. “Vou criar o superminist�rio da Agricultura, uma estrutura que vai englobar o Minist�rio da Pesca. Uma estrutura que n�o seja subordinada nem ao Minist�rio da Fazenda nem ao Banco do Brasil”, anunciou.
A�cio prometeu tamb�m, em quatro anos, aumentar de 9% para 60% o percentual das �reas plantadas cobertas pelo seguro agr�cola. O candidato do PSDB ainda insistiu em uma das quest�es que mais causam preocupa��o aos produtores rurais: a inseguran�a jur�dica no campo brasileiro. “Vou suspender as desapropria��es em terras invadidas por um per�odo de dois anos at� saber de quem � a terra e quais provid�ncias tomar”, disse ele.
�ltima dos sabatinados a subir ao palco, a presidente Dilma Rousseff falou pouco sobre o futuro, buscando concentrar o pronunciamento na pol�tica desenvolvida para o setor ao longo dos �ltimos anos. “Aumentamos em 259% os recursos do Plano Safra e diminu�mos os juros para o produto.” A presidente admitiu que existe um gargalo na armazenagem de gr�os – 60 milh�es aproximadamente. E rebateu as cr�ticas feitas pelos oposicionistas de que o pa�s tem se recusado a fazer acordos com a Uni�o Europeia.
Os empres�rios lamentaram que a petista n�o tenha dito nada sobre etanol nem agroenergia. “Esse assunto n�o � um debate de segunda categoria, � fundamental”, disse a presidente da Uni�o da Ind�stria de Cana de A��car (Unica), Elizabeth Farina. E, mesmo ap�s a defesa de Eduardo Campos, Marina Silva ainda despertava a desconfian�a do setor produtivo. “Ela age com pouco conhecimento do agroneg�cio e uma cabe�a muito ambiental”, comentou o ex-presidente da Organiza��o de Plantadores de Cana da Regi�o Centro-Sul do Brasil (Orplana) Ismael Perina J�nior.
Os presidenci�veis e os ruralistas
Confira as promessas feitas para os senhores do campo pelos tr�s principais concorrente ao Planalto na sabatina promovida pela CNA

» Nomear um especialista, n�o um pol�tico, para o Minist�rio da Agricultura
» Trazer a infla��o para o centro da meta e retomar o crescimento do pa�s, a juros baixos, para estimular o financiamento do setor rural
» Transformar o Brasil na nova pot�ncia bioecon�mica do mundo
» Ampliar as parcerias comerciais
» Banco Central independente

» Criar o superminist�rio da Agricultura, englobando outras pastas, como a Pesca, sem subordina��o ao Minist�rio da Fazenda ou ao Banco do Brasil
» Choque de infraestrutura para estimular o investimento privado
» Ampliar, em quatro anos, de 9% para 60% as �reas plantadas que possuem seguro rural
» Adotar parcerias comerciais pragm�ticas, n�o ideol�gicas
» Suspender, por dois anos, as desapropria��es de fazendas invadidas

» O governo ampliou recursos em 259% e diminuiu os juros para o Plano Safra ao longo dos �ltimos 12 anos
» Foram elevados, de R$ 280 milh�es para R$ 700 milh�es, os recursos para o Seguro Safra
» Destina��o de R$ 3,5 bilh�es para a constru��o de armaz�ns
» Demarca��o de 17% do territ�rio para os �ndios
» Combate ao trabalho escravo no campo
*A petista aproveitou o discurso para enaltecer as a��es do governo para o setor agr�cola nos �ltimos anos