O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presid�ncia da Rep�blica, Gilberto Carvalho, negou nesta segunda-feira, 11, que a presidente Dilma Rousseff esteja querendo diminuir a participa��o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva em sua campanha � reelei��o para construir uma imagem pr�pria sem a alcunha de "criatura". De acordo com ele, n�o h� nenhum ind�cio de que a petista esteja resistindo em ter Lula novamente como principal cabo eleitoral na campanha deste ano.
Conforme reportagem do jornal O Estado de S. Paulo veiculada na semana passada, o tamanho da participa��o de Lula na campanha � reelei��o de Dilma tem sido objeto de diverg�ncias entre o PT e o Pal�cio do Planalto. Segundo a mat�ria, a c�pula do partido discorda dessa avalia��o e usa como justificativa pesquisas que comprovam que, entre os cabos eleitorais analisados, o ex-presidente � o que tem o maior poder de transfer�ncia de votos.
Dilma e movimentos religiosos
Carvalho tamb�m rebateu cr�ticas de estudantes de Direito da USP de que o governo Dilma Rousseff (PT) estaria se aliando a setores conservadores, ao manter rela��es com movimentos religiosos durante o per�odo eleitoral. Ele afirmou que essa aproxima��o se deve ao crescimento dessas religi�es no Brasil e disse que, antes mesmo das elei��es, a presidente j� dialogava com esses movimentos. Na avalia��o dele, seria "burrice" o Planalto n�o dialogar com os setores religiosos.
Carvalho afirmou ainda que essa aproxima��o faz parte de uma estrat�gia de trazer "essas grandes massas" para o pensamento progressista. "N�o h� contradi��o nisso. Conhe�o v�rios evang�licos que t�m pensamento progressista. N�o podemos ter vis�o preconceituosa", afirmou. De acordo com ele, h� um grande contingente nas periferias do Pa�s que frequenta essas igrejas. "Essa gente est� a�. S�o cidad�os e temos o dever de dialogar com eles. Se erguemos um muro, estamos jogando essas pessoas nas m�os dos conservadores", afirmou.
"No caso da presidente Dilma, ela esteve (na inaugura��o) do Templo de Salom�o como esteve na Jornada Mundial da Juventude, em Roma duas vezes para posse do papa e do cardeal brasileiro Dom Orani Tempesta e como esteve semana passada com cinco mil pastoras da Assembleia de Deus", afirmou, dizendo que o governo tem procurado manter rela��o "cordial" com todos os setores organizados, "sejam eles religiosos ou da sociedade civil". "Evidente que nesse tempo eleitoral tudo ganha uma conota��o maior, mas posso assegurar que em outros momentos n�o eleitorais ela tamb�m compareceu", declarou.
O ministro afirmou que esse relacionamento � resultado do crescimento dessas religi�es, sobretudo a evang�lica, no Pa�s. "A sociedade brasileira � m�ltipla e diversa na sua cultura e origem, e o Estado obviamente � laico. � importante a preserva��o desse aspecto. Ao mesmo tempo, isso n�o implica que, ao termos um povo com marca religiosa, o governo n�o deva e n�o possa se relacionar com eles", afirmou. Ele avaliou como "bobagem" achar que, em tempos eleitorais, o encontro de pastor com l�deres pol�ticos significa que "todo o rebanho v� acompanhar".
Com Ag�ncia Estado