O coordenador da campanha de Eduardo Campos (PSB) � Presid�ncia, Carlos Siqueira, leu nesta quarta-feira, 13, um comunicado da chapa no qual afirma que "o momento � de luto e imp�e o necess�rio recolhimento". O texto n�o faz nenhuma refer�ncia sobre qual ser� o pr�ximo passo da coliga��o, que tem dez dias para definir quem ser� o novo candidato, mas relembra uma frase dita nesta ter�a-feira, 12, por Campos: "N�o vamos desistir do Brasil".
O comunicado afirma que Campos pautou sua vida pelo anseio de ver a popula��o unida em torno de um projeto que contemple a melhoria de vida de todos os cidad�os. "Interrompeu-se hoje o caminho de um homem que acreditava na renova��o da pol�tica pela for�a do povo brasileiro em escrever o seu destino", diz o comunicado, acrescentando que permanecer� seu legado de luta pelos ideais de um Brasil mais democr�tico, pr�spero, solid�rio, sustent�vel e justo socialmente.
"A Coliga��o Unidos pelo Brasil acredita que a perda de Eduardo encerrou sua vida, mas n�o seus ideais. Fica a semente da esperan�a que move diariamente os brasileiros criativos e empreendedores, capazes de transformar em virtuoso seu duro cotidiano", afirma o grupo.
Par�
A inesperada morte de Campos chocou a lideran�a do PSB no Par�. O candidato a deputado federal, Ademir Andrade, era tamb�m coordenador da campanha de Campos no Estado e o esperava para agenda neste s�bado, 16.
Segundo Ademir, que tamb�m � Presidente Estadual do PSB-Par�, Campos havia devolvido a esperan�a a pol�tica. "N�o tem ningu�m para substituir ele. Um cara que n�o faz pol�tica para pol�tico, que passa por cima da malandragem da pol�tica. Ele criou a esperan�a na gente, que estava t�o desacreditado", comenta.
Ele lembrou ainda que Campos esteve em Bel�m no �ltimo m�s de abril. "Ele esteve com a gente em abril para umas reuni�es com empres�rios, fez umas apresenta��es. E ele viria neste s�bado, �amos caminhar pelo Mercado do Ver-o-Peso e depois �amos para Santar�m, onde ele falaria de seus projetos em uma universidade", revelou.
O presidente ainda revelou que n�o se fala em como ficar� a candidatura do partido. "Ningu�m quer tratar desse assunto, tenho falado com l�deres da nacional, o momento � de dor. Mas o que me parece �bvio � que Marina seja a nova candidata", afirma.
Para�ba
Tido como um dos mais pr�ximos aliados do ex-governador pernambucano, o governador da Para�ba, Ricardo Coutinho (PSB), referiu-se ao colega de partido como um "pol�tico raro" e afirmou que a pol�tica brasileira fica "muito mais pobre" com sua morte.
Ainda emocionado com o acidente que causou as mortes de Campos e de cinco outras pessoas, na manh� de hoje, em Santos (SP), Coutinho disse que o ex-governador pernambucano era um dos poucos que conseguia "aliar ideias com pr�ticas" na pol�tica. "�s vezes um pol�tico tem mais uma coisa que outra, mas o Eduardo tinha coragem pra aliar ideias com pr�ticas, mudan�a com gest�o", afirmou.
Para o governador paraibano, ser� dif�cil formar outro gestor com as qualidades de Campos. "� preciso passar por muitos est�gios, acumular, em pouco tempo, uma grande experi�ncia na vida e na pol�tica", avaliou. "O Brasil e a pol�tica brasileira ficam muito mais pobres - e n�o s� por causa desta elei��o presidencial. O Brasil tinha em Eduardo uma porta, um caminho para um debate qualificado, uma esperan�a de futuro."
Coutinho decretou luto oficial de tr�s dias na Para�ba e determinou o fechamento dos comit�s eleitorais do PSB em Jo�o Pessoa nesta quarta-feira.
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Coordenador da campanha do PSB diz que momento � de luto
Carlos Siqueira relembrou ainda uma frase dita nesta ter�a-feira, 12, por Campos: "N�o vamos desistir do Brasil".
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