A morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos interrompe um projeto de poder que vinha sendo conduzido pelo PSB desde o momento em que a legenda come�ou a sair das abas do PT, com quem sempre se coligou nas disputas nacionais, para seguir caminho pr�prio. Dentro da legenda, apesar dos discursos de cren�a na vit�ria, n�o havia grandes expectativas de sucesso de Campos nesta campanha. Mesmo com a entrada de Marina Silva na chapa, o candidato socialista patinava nas pesquisas e n�o conseguiu atingir 10% das inten��es de voto. Por isso mesmo a legenda trabalhava essa campanha de olho nas elei��es de 2018. Essas elei��es eram vistas como um treino, uma maneira de o candidato se tornar mais conhecido para o pr�ximo pleito. Com sua morte precoce, o partido ficou �rf�o, j� que dentro da legenda n�o h� nenhuma figura que ocupar� o papel que ele desempenhava dentro da legenda. Nem mesmo Marina, j� que a ex-senadora est� no PSB apenas de passagem, at� que seu partido, a Rede Sustentabilidade, tenha o registro aceito pela Justi�a Eleitoral.
Para o cientista pol�tico Malco Camargos, independentemente do cen�rio, o PSB � o partido mais afetado pela morte de sua maior lideran�a. “Uma pessoa jovem, com apenas 49 anos, j� na disputa pela Presid�ncia da Rep�blica.” Para ele, o partido n�o tem nomes para substitu�-lo nessa disputa, a n�o ser a candidata a vice, que, apesar de oficialmente filiada ao PSB, representa a Rede. “Se ceder a vaga para a Rede, pode somar mais, mas n�o ser� uma vit�ria do PSB”. O partido, lembra ele, tem 10 dias para realinhar sua estrat�gia. “Ser�o dias de muitas conversas.”