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Estado de Minas

Morte de Campos interrompe o projeto de poder do PSB


postado em 14/08/2014 06:00 / atualizado em 14/08/2014 07:57

 A morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos interrompe um projeto de poder que vinha sendo conduzido pelo PSB desde o momento em que a legenda come�ou a sair das abas do PT, com quem sempre se coligou nas disputas nacionais, para seguir caminho pr�prio. Dentro da legenda, apesar dos discursos de cren�a na vit�ria, n�o havia grandes expectativas de sucesso de Campos nesta campanha. Mesmo com a entrada de Marina Silva na chapa, o candidato socialista patinava nas pesquisas e n�o conseguiu atingir 10% das inten��es de voto. Por isso mesmo a legenda trabalhava essa campanha de olho nas elei��es de 2018. Essas elei��es eram vistas como um treino, uma maneira de o candidato se tornar mais conhecido para o pr�ximo pleito. Com sua morte precoce, o partido ficou �rf�o, j� que dentro da legenda n�o h� nenhuma figura que ocupar� o papel que ele desempenhava dentro da legenda. Nem mesmo Marina, j� que a ex-senadora est� no PSB apenas de passagem, at� que seu partido, a Rede Sustentabilidade, tenha o registro aceito pela Justi�a Eleitoral.

“Campos era um projeto para 2018”, afirma o soci�logo Rud� Ricci. “� como se o Lula do PSB morresse”, compara, se referindo ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, maior lideran�a do PT. “Era ele quem dava a coes�o ao PSB, partido formado por militantes de esquerda e tamb�m por quase tucanos”, avalia Rud�. Para ele, ainda n�o � poss�vel cravar a substitui��o de Campos por Marina na corrida presidencial, mesmo ela tendo um desempenho melhor nas pesquisas de inten��o de voto. Para assegurar sua indica��o ao cargo, ela tem que conseguir aparar as arestas deixadas durante o processo de forma��o das composi��es no estado, principalmente em S�o Paulo e Minas Gerais, onde Rede e PSB se estranharam, analisa Rud�. “Ela tamb�m ter� de romper a resist�ncia do setor do agroneg�cio, que tem horror da Marina”, afirma. “Dentro do PSB tamb�m h� muita reserva com Marina..” Para ele, o partido est� em ma “encruzilhada”. “Ou o partido some se n�o lan�ar a Marina ou assume o risco de ganhar a elei��o para a Rede.”

Para o cientista pol�tico Malco Camargos, independentemente do cen�rio, o PSB � o partido mais afetado pela morte de sua maior lideran�a. “Uma pessoa jovem, com apenas 49 anos, j� na disputa pela Presid�ncia da Rep�blica.” Para ele, o partido n�o tem nomes para substitu�-lo nessa disputa, a n�o ser a candidata a vice, que, apesar de oficialmente filiada ao PSB, representa a Rede. “Se ceder a vaga para a Rede, pode somar mais, mas n�o ser� uma vit�ria do PSB”. O partido, lembra ele, tem 10 dias para realinhar sua estrat�gia. “Ser�o dias de muitas conversas.”


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