Integrantes das campanhas de A�cio Neves (PSDB) e de Dilma Rousseff (PT) avaliam que a prov�vel entrada da candidata a vice de Eduardo Campos, Marina Silva, na disputa presidencial exigir� um ajuste nas campanhas. J� � certo que a estrat�gia do tucano sofrer� uma guinada. Desde que A�cio se consolidou em segundo lugar nas pesquisas de inten��o de votos, ele vinha se concentrando em "olhar para cima e nunca para tr�s", escolhendo sempre duelar com Dilma, l�der nas pesquisas, e encarando o PSB de Campos, em terceiro na corrida, como "carta fora do baralho".
Mas se Marina assumir a cabe�a de chapa, tucanos acreditam que n�o s� ser� imposs�vel continuar ignorando a corrida dos pessebistas, como avaliam que a ex-ministra tem chances de desbancar A�cio do 2º turno. Arriscam que ela partiria de um patamar de 15 ou 16 pontos nas sondagens, bem � frente do ex-governador de Pernambuco. O n�mero poderia ainda sofrer uma distor��o para cima, avaliam, por conta da superexposi��o de Marina no notici�rio nos pr�ximos dias.
Por ser mais conhecida nacionalmente que Campos e por j� ter sido testada na elei��o de 2010, quando conquistou cerca de 20 milh�es de votos com menos de um minuto de TV, aecistas apostam que Marina poder� retirar n�o s� parte dos eleitores do tucano, mas tamb�m parcela do eleitorado de Dilma. Este cen�rio favoreceria a realiza��o do 2º turno - ideal para todos os advers�rios da petista, j� que � dela a maior rejei��o entre os postulantes. Entretanto, a for�a de Marina pode ser suficiente tamb�m para tirar A�cio do segundo round eleitoral.
Por isso, para tomar as pr�ximas decis�es, o PSDB fica a reboque dos movimentos do PSB. Por enquanto, os primeiros programas de A�cio para o hor�rio eleitoral, que come�a na ter�a-feira, n�o ser�o alterados. O motivo � que os filmes iniciais apenas apresentam A�cio como neto do ex-presidente Tancredo Neves, pai de fam�lia, marido exemplar, deputado constituinte e governador de Minas Gerais por dois mandatos. Portanto, a nova configura��o pol�tica em nada afetar� a narra��o da biografia do mineiro na TV.
Potencial
Segundo um integrante da coordena��o da campanha de Dilma, o momento � de "dar tempo ao tempo e guardar luto". Em conversas reservadas, no entanto, avaliam que a trag�dia envolvendo o candidato do PSB tem potencial para causar uma reviravolta na disputa eleitoral. Os petistas d�o como certo que Marina suceder� a Campos como candidata mas ponderam que ainda � cedo para avaliar qual seria o impacto no eleitorado.
Por um lado, apoiadores de Dilma acreditam que Marina, caso confirme a candidatura, ter� um per�odo de superexposi��o na m�dia e pode se aproveitar por ser mais conhecida do que Campos e pela como��o nacional em torno da morte do ex-governador de Pernambuco. Por outro, h� petistas avaliando que a aus�ncia de Campos pode desencadear disputas internas, fragilizar Marina dentro da alian�a PSB/Rede e expor as contradi��es entre os dois segmentos que comp�em o centro da candidatura em assuntos delicados como meio ambiente e agroneg�cio, principalmente, em Estados onde o PSB se aliou ao PSDB, como � o caso de S�o Paulo.
Segundo integrantes da campanha dilmista, o programa de estreia no hor�rio eleitoral gratuito deve ter uma homenagem a Campos. O formato ainda n�o foi definido. Uma ideia � que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, de quem Campos foi ministro e aliado, grave um depoimento em tom pessoal.