Familiares, amigos e aliados pol�ticos s�o un�nimes em dizer que Renata Campos, vi�va do ex-governador Eduardo Campos, est� bastante sofrida, mas serena. A forma como a ex-primeira-dama enfrenta a dor da morte precoce do marido revela for�a e o estilo discreto, um tra�o marcante de sua personalidade. Em casa, ao lado dos filhos, tem recebido as pessoas desde o momento em que a not�cia da morte de Eduardo foi confirmada, na manh� da �ltima quarta-feira. Para tentar proteg�-la, auxiliares mais pr�ximos pensaram em restringir um pouco a entrada, mas ela n�o permitiu. “Se as pessoas est�o vindo � porque gostam dele (Eduardo), ent�o deixem entrar”, disse. Ela completa 47 anos na pr�xima segunda-feira.
Isso, no entanto, n�o quer dizer que ela ficava de fora das decis�es pol�ticas e administrativas. Ao contr�rio, Renata era uma das pessoas mais ouvidas por Eduardo. Quando requisitada pelo marido ou por outra pessoa da equipe, aconselhava, orientava, opinava. O papel de conselheira pol�tica, na vis�o de alguns aliados, continuou exercendo na campanha para Presid�ncia da Rep�blica. Por isso, acredita-se que ela poder� contribuir nas decis�es partid�rias, apesar de estar abalada com a perda. O nome de Renata chegou a ser cogitado como prov�vel candidata a deputada federal neste ano, para herdar o esp�lio de Ana Arraes, ministra do TCU e ex-parlamentar. Possibilidade que foi descartada.
M�e de cinco filhos (Eduarda (22), Jo�o (20), Pedro (18), Jos� (9) e Miguel, (de apenas sete meses), Renata n�o titubeou quando precisou mudar para S�o Paulo, onde Eduardo manteve o quartel-general da campanha. Estava diante de mais um desafio do marido, com quem viveu por mais de 30 anos. Mesmo com tantos compromissos (pol�ticos e administrativos), nunca deixou que a agenda atribulada de Eduardo atrapalhasse o conv�vio dele com a fam�lia. Mantinha os filhos sempre por perto.