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Estado de Minas

Para peritos, flaps podem elucidar causa da queda de avi�o que matou Eduardo Campos

Segundo informa��es da For�a A�rea, se o avi�o possu�sse um gravador de dados do voo seria poss�vel apontar exatamente a velocidade e altura do avi�o na hora da arremetida


postado em 19/08/2014 08:49 / atualizado em 19/08/2014 09:03

As primeiras an�lises dos restos das pe�as do Cessna Citation que caiu na quarta-feira, 13, matando o ex-governador de Pernambuco e candidato � Presid�ncia pelo PSB Eduardo Campos e mais seis pessoas apontaram que os flaps do avi�o estavam recolhidos. O dado sobre o flap � considerado fundamental para a avalia��o das causas do acidente. Quando um piloto vai aterrissar, � preciso "baixar os flaps", que s�o como extens�es das asas e ajudam na sustenta��o e frenagem do avi�o no solo.

Mas no manual de instru��o do jato h� uma restri��o segundo a qual os flaps n�o podem ser recolhidos se o avi�o estiver em velocidade acima de 200 n�s, ou seja, acima de 370 km/h.

Assim, se o piloto acelera com os flaps abertos, baixados, depois de uma eventual arremetida com a pot�ncia do motor no m�ximo e acima desse patamar, a recomenda��o � para que se reduza a velocidade, baixando a altitude, recolha os flaps e a� retome o voo normalmente. A constata��o dos peritos n�o � ainda conclusiva e ter� de ser mais detalhada na an�lise das pe�as pelos t�cnicos do Centro de Investiga��o e Preven��o de Acidentes Aeron�uticos (Cenipa).

Baque

Segundo a instru��o do Cessna, se os flaps forem recolhidos com o avi�o a mais de 370 km/h, ocorre um "put down" (baque) violento, movimento que puxa o avi�o para baixo, tirando a estabilidade da aeronave a ponto de desorientar o piloto.

Portanto, para os investigadores, se os flaps est�o recolhidos � porque h� duas op��es imediatas: o procedimento pode ter sido realizado no tempo certo, com velocidade certa, ou o flap foi recolhido ap�s a arremetida, em alta velocidade.

Como o Cessna se acidentou e explodiu ao se chocar com o solo, a an�lise dos peritos se volta agora para a possibilidade de um eventual "put down", tendo sido motivado por suposto recolhimento do flap acima de 370 km/h, contribuindo, desta forma, para o acidente.

O problema � que, em momentos de decis�o e tens�o, as opera��es n�o s�o todas feitas seguindo as recomenda��es. E para dificultar as investiga��es, na defini��o das diferentes velocidades adotadas pelo avi�o quando se aproximava da Base A�rea, o Cessna n�o tinha, como equipamento de s�rie, um gravador de dados, com informa��es sobre altitude do avi�o no momento de suas opera��es cruciais, como pouso e decolagem e comandos efetuados pelo piloto. Tamb�m n�o foram gravadas as conversas mantidas pelos piloto e copiloto na cabine.

Os investigadores ainda consideram um problema o fato de n�o existir torre de controle em Santos, que centraliza e armazena v�rios dados do voo, mas apenas uma esta��o de r�dio controlada por um operador.

Segundo o operador da Base A�rea de Santos, que j� foi ouvido informalmente pela comiss�o de investiga��o, o piloto da aeronave estava absolutamente tranquilo quando lhe informou que estava arremetendo, assim como quando respondeu que ia esperar o tempo melhorar para tentar nova aterrissagem. Mas h� especula��es de que ele pudesse estar em uma altitude baixa, que n�o deu sustenta��o ao avi�o, na hora de arremeter. Tudo isso, agravado pelo mau tempo na regi�o.

Segundo informa��es da For�a A�rea, se o avi�o possu�sse um gravador de dados do voo seria poss�vel apontar exatamente a velocidade e altura do avi�o na hora da arremetida. Mas os militares envolvidos ressaltam que h� t�cnicas na investiga��o do acidente que permitem que se chegue a uma precis�o consider�vel de importantes dados no momento do impacto, mas n�o da arremetida.

Segundo os t�cnicos, at� agora, o �nico choque registrado do avi�o foi contra o solo, deixando uma cratera de quatro metros.

Com Ag�ncia Estado


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