Marina estreia em propaganda com cr�ticas aos advers�rios

Oficializada na Justi�a Eleitoral como a nova candidata a presidente da Rep�blica pelo PSB na sexta-feira, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva estreou ontem na propaganda eleitoral gratuita de r�dio e televis�o deixando de lado seu tradicional discurso radical e falando da necessidade de mudar e “superar a velha pol�tica”. Sem citar o PSDB e o PT – partidos dos seus principais advers�rios nestas elei��es –, Marina criticou o revezamento de duas siglas no comando do pa�s nos �ltimos 20 anos e disse que elas n�o conseguem mais “dialogar”, al�m de terem dividido o Brasil em “uma guerra”.

De branco e sem o uso de imagens externas, a candidata disse ser poss�vel reunir “as melhores cabe�as” para o governo e repetiu o bord�o de Eduardo Campos: “N�o vamos desistir do Brasil”. Embora n�o tenha citado nomes, Marina n�o poupou cr�ticas � presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reelei��o. Condenou a troca de minist�rios por tempo na propaganda de televis�o, referindo-se � substitui��o de C�sar Borges por Paulo S�rgio Passos no Minist�rio dos Transportes, uma exig�ncia do PR para manter a alian�a que deu ao PT pouco mais de um minuto no programa eleitoral.

Marina afirmou que n�o vai se submeter a “chantagem pol�tica” e que tem “gente boa em todos os partidos” que poder� colaborar com a sua gest�o no Pal�cio do Planalto. Discurso semelhante ela adotou em evento no Recife, Pernambuco, estado de Eduardo Campos – morto no �ltimo dia 13 em um acidente a�reo e de quem Marina era candidata a vice-presidente. Segundo Marina, caso eleita, ela tentar� contar com pol�ticos de partidos que hoje n�o a apoiam. Citou como exemplos Pedro Simon (PMDB-RS), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Crist�vam Buarque (PDT-DF), Eduardo Suplicy (PT-SP) e Jos� Serra (PSDB).

“Eu sempre disse, desde 2010, que n�s haveremos de ter maioria para governar com a ajuda dos homens e mulheres de bem do Congresso Nacional, que existem em todos os partidos”, afirmou a ex-senadora, que discursou em cima de um pequeno tablado no Casa Amarela, bairro pobre da Zona Norte de Recife. O deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), indicado como vice de Marina, ficou o tempo todo ao lado da candidata.

INFLA��O Marina Silva ainda rebateu declara��es da presidente Dilma, no dia anterior, de que a redu��o da meta de infla��o implicaria cortes nos programas sociais. “N�s temos que ter a clareza que essa l�gica (de n�o reduzir a infla��o) � daqueles que n�o querem cortar outras coisas, inclusive o incha�o da m�quina p�blica, onde j� temos quase 40 minist�rios, inclusive os desvios do dinheiro p�blico e o privil�gio de alguns setores que de uma hora para outra s�o ungidos”, reclamou a candidata, que ressaltou a import�ncia do combate � corrup��o. (Com ag�ncias)

 

 

Dono do jato

O candidato a vice-presidente da chapa do PSB, Beto Albuquerque, que a dire��o do partido est� apurando quem era o dono do avi�o que caiu em Santos (SP), matando o ex-governador Eduardo Campos e outras seis pessoas no dia 13. A pergunta foi feita por jornalistas � nova cabe�a da chapa, Marina Silva, ap�s uma caminhada no Recife, o primeiro evento de rua como candidata no lugar de Campos. Mas quem respondeu foi Albuquerque. O vice disse que saber quem era o propriet�rio do jatinho “n�o era um problema” de Campos e afirmou que o que interessa ao partido � descobrir as causas do acidente que matou o ent�o candidato do PSB. "N�s queremos saber, e ainda n�o foi explicado, como esse avi�o caiu e matou o nosso l�der. N�s queremos justi�a nesse caso. A caixa-preta n�o tinha nenhuma grava��o", disse Albuquerque. A Pol�cia Federal investiga se o s�cio de Campos, Aldo Guedes �lvaro, � o dono do jato.