Bras�lia, 26 - Unidos na chapa presidencial do PSB, Beto Albuquerque e Marina Silva t�m demonstrado pontos de vistas divergentes. O deputado federal defendeu no parlamento projetos totalmente opostos �s ideias de sua parceira de partido. Destacam-se: casamento gay, energia nuclear, demarca��o de terras ind�genas como atribui��o do Congresso e a ind�stria do tabaco.
Outro tema pol�mico defendido por Albuquerque que se choca com a colega de chapa � a defesa da ind�stria do cigarro. Ele foi um dos deputados que assinaram, em 2003, requerimento de institui��o de CPI para apurar o contrabando e falsifica��o de cigarros - reivindica��o do setor tabagista. Albuquerque j� reconheceu publicamente ter recebido doa��o de campanha de produtores de fumo do Rio Grande do Sul, Estado pelo qual cumpre o quarto mandato. Na contram�o, Marina proibiu seu comit� de campanha de receber doa��es de qualquer elo da ind�stria tabagista.
Albuquerque tamb�m foi um dos deputados a apoiar quatro propostas de emenda constitucional sobre demarca��o de terras ind�genas. Em duas delas, subscreveu propostas de colegas repassando a demarca��o de terras ind�genas para “audi�ncia das Assembleias Legislativas dos Estados em cujos territ�rios incidam”. Em outras duas, defendeu que a demarca��o deve se submeter ao Congresso. Em ambos os casos, a demarca��o de reserva ind�genas deixa de ser prerrogativa do Poder Executivo, como defende a bancada ruralista. Marina n�o assumiu ainda posicionamento claro sobre o tema nesta campanha. Em maio deste ano, conforme texto publicado em sua p�gina no Facebook, a candidata se referiu � proposta que submete a demarca��o ao Congresso como “amea�a aos direitos adquiridos pelos ind�genas”.
O vice de Marina tamb�m apoiou um projeto de decreto legislativo (PDC 276), proposto pelo deputado Adelor Vieira (PMDB-SC), em 2005, sugerindo a realiza��o de plebiscito sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo. A presidenci�vel do PSB, contudo, reconhece o casamento como “sacramento”, ou seja, um ato religioso. Marina afirmou, durante a campanha de 2010, que seria favor�vel � extens�o dos “direitos civis” para casais homossexuais.