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Estado de Minas

Site do PT critica defesa da oposi��o � autonomia do BC

"Tem candidato que defende a autonomia do Banco Central: saiba por que isso � ruim para a sua vida", diz artigo publicado no site


postado em 28/08/2014 10:31 / atualizado em 28/08/2014 11:13

Bras�lia - O site Muda Mais, criado pelo PT para defender a reelei��o da presidente Dilma Rousseff, publicou um texto no qual critica os advers�rios da petista, Marina Silva (PSB) e A�cio Neves (PSDB), por defenderem a autonomia do Banco Central para conduzir a pol�tica monet�ria no Pa�s. Intitulado "Tem candidato que defende a autonomia do Banco Central: saiba por que isso � ruim para a sua vida", o artigo foi ao ar na ter�a-feira � noite, dia 26, no momento em que os presidenci�veis participavam do primeiro debate eleitoral da TV Bandeirantes.

Numa linguagem coloquial para o navegante, o texto pretende explicar como a autonomia do BC "interfere diretamente na sua vida". Ap�s dizer que a institui��o foi criada em 1964 para administrar a pol�tica monet�ria do Pa�s, o artigo sustenta que cabe a ela gerir a moeda, o cr�dito e as taxas de juros e que a forma de gest�o dessas ferramentas "interfere diretamente na vida econ�mica do Pa�s, afetando o dia-a-dia das pessoas".

O texto diz que atualmente o Banco Central n�o tem autonomia formal, uma vez que "seu gestor" � nomeado pelo "presidente da Rep�blica, autoridade m�xima do Pa�s, eleito democraticamente pelo povo". Afirma ainda que, por extens�o, o "gerente do Banco Central" representa as necessidades do povo e atua em conson�ncia com o governo eleito por ele e que, por sua vez, luta por pol�ticas (dentre elas a econ�mica) que beneficiem a popula��o que o elegeu. O artigo diz que o BC tem, hoje, autonomia operacional para atingir as metas determinadas pelo governo.

"Dar ao Banco Central autonomia formal seria dar independ�ncia aos diretores do banco, que passariam a ter mandatos soberanos. Essa independ�ncia se daria em rela��o �s autoridades que expressam a soberania popular", critica.

Marina Silva e seus conselheiros econ�micos j� defenderam a ado��o de uma autonomia assegurada em lei para o BC, com mandatos fixos para os diretores conduzirem a pol�tica econ�mica. A�cio Neves, por sua vez, garantiu nesta quarta-feira, 27, na s�rie "Entrevistas Estad�o" que, se eleito, a institui��o ter� autonomia operacional para atuar. Mas, por ora, o tucano n�o se comprometeu com a autonomia legal. "Se haver� ou n�o lei sobre isso � secund�rio", afirmou.

O texto do Muda Mais chama a autonomia do BC de medida "fundamentalmente liberal", argumentando que os adeptos dessa teoria acreditam que "o emprego e a renda se mant�m est�veis pela autorregula��o do mercado, portanto, desnecess�ria (e eles acreditam ser prejudicial) a interfer�ncia do Estado nas quest�es econ�micas".

"Os neoliberais defendem que o controle da infla��o a n�veis que atendam exig�ncias dos mercados � a �nica prioridade, n�o importando os estragos no meio do caminho j� que, assim, se construiria uma �ncora para as expectativas dos investidores e, com expectativas bem ancoradas, os investimentos estariam garantidos e favoreceriam o crescimento. Fica bem claro que essa teoria defende os interesses do mercado. Em nenhum momento se fala da manuten��o da taxa de emprego, aumento de renda ou qualquer outro interesse do povo", afirma.

Um quadro ilustrativo ao texto diz que a autonomia do Banco Central pode levar a "menos participa��o do povo", "aumento de pre�os", "aumento dos juros", "desemprego" e "diminui��o da renda".

O artigo diz que o governo FHC, "adepto da teoria liberal", as taxas de juros eram "abusivas", enquanto a gest�o Dilma Rousseff "mant�m a menor m�dia de juros nos �ltimos 25 anos". E que mesmo com as taxas altas, o governo do tucano "conviveu com a infla��o m�dia de 8,8% ao ano de 1999 a 2002, chegando a 12,5% no �ltimo mandato". Ao fazer uma compara��o, o governo Dilma manteve a infla��o dentro da meta entre 2011 e 2013, com a infla��o m�dia de 6% ao ano. "E mesmo assim tem gente que tenta colar o fantasma da infla��o descontrolada no governo Dilma Rousseff", critica.

O texto diz que diversas na��es do mundo, como os Estados Unidos e o Jap�o, est�o "repensando" a autonomia do BC, no momento de crise mundial, que levou a quebra dos mercados e desestabiliza��o da economia. E diz que a "�nica coisa" que permitiu ao Brasil passar por essa "bagun�a" foi uma pol�tica econ�mica forte do governo federal, "que pensa em crescimento, gera��o de empregos, valoriza��o da renda e inclus�o social".

"Dar autonomia completa ao Banco Central significa que o governo vai abrir m�o de parte importante da ger�ncia do pa�s. O presidente do BC, que n�o ser� mais escolhido por uma figura que representa o povo, ter� poder absoluto sobre as taxas de juros, cr�dito e valor da moeda. Hoje, o Real vale X. Se for decidido que o Real passar� a valer X+2, o parcelamento dos eletrodom�sticos vai ficar mais caro, do celular, do carro, a cesta b�sica tamb�m vai ficar mais cara e o emprego vai diminuir junto com a renda", critica.

O texto � conclu�do com a afirma��o de que o "Brasil, que hoje anda de cabe�a erguida, n�o quer voltar ao retrocesso do passado". E diz que a prioridade do governo � o povo, como deve ser. "� justo que os analistas de mercado tomem, autonomamente, as decis�es que interferem diretamente na vida dos brasileiros (sic)?", encerra, questionando.


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