Bras�lia - Antes do encontro do conselho pol�tico da campanha da presidente Dilma Rousseff, o presidente do PDT, Carlos Lupi, defendeu mudan�as na condu��o da disputa presidencial. A reuni�o foi realizada nessa quarta, 27, em Bras�lia com a participa��o dos demais presidentes de partidos que comp�em a coliga��o de Dilma e um dia ap�s a divulga��o da �ltima pesquisa Ibope.
"A primeira coisa que tem que se fazer � descaracterizar que Dilma � s� candidata do PT. Dilma � candidata de uma alian�a de 10 partidos. Todos temos responsabilidades nos acertos e nos erros. H� naturalmente depois de 11 anos e meio de governo um desgaste com alguns setores, que de alguma maneira tiveram preju�zos", afirmou.
Ele avalia que o sentimento de insatisfa��o de parte da popula��o com o momento atual do pa�s se deve a erros na comunica��o do governo. "O governo perdeu nesse processo, nos �ltimos tr�s anos e meio, a batalha da comunica��o. E ele tem que aproveitar esses 40 dias de elei��o para ganhar o segundo tempo da batalha da comunica��o porque no primeiro ele perdeu, independente de Marina", disse.
Apesar de considerar os programas de TV de Dilma como "bons", para Lupi a campanha tamb�m tem que investir na apresenta��o de novas propostas aos eleitores. "Est� se falando muito do que se fez, pouco do que v�o fazer. As pessoas n�o vivem do ontem. O ontem serve como base mas, sem construir o amanh�, n�o gera sonhos", ressaltou.
Ao comentar sobre o crescimento de Marina Silva nas pesquisas, Lupi recorreu � ironia. "Todo furac�o acaba em brisa. Come�a forte, destruidor, violento e acaba fragilizado. Acho que ela tem o teto que � o piso. N�o acredito que ela vai muito longe dos 20%". Na �ltima pesquisa Ibope, a candidata aparece em segundo lugar com 28% das inten��es de votos. Dilma tem 34% e A�cio Neves (PSDB) 19%. O dirigente subiu o tom ao considerar que Marina representa um "fundamentalismo religioso".
"O Estado brasileiro pagou um pre�o alto quando se confundia Estado com a Igreja Cat�lica. N�o pode voltar a pagar um pre�o alto pelo fundamentalismo religioso. Em boa parte acho que ela representa isso", disse, para em seguida citar o epis�dio da morte de Eduardo Campos em acidente a�reo no in�cio do m�s. "Ela disse que foi a provid�ncia divina n�o estar no avi�o. Pode at� ter sido. Mas n�o podemos dizer que foi provid�ncia divina a desgra�a de algu�m. Indiretamente n�o � isso? Provid�ncia divina me salvou e por que n�o salvou o companheiro? � essa a disputa? Algu�m est� concorrendo para ser papa, pastor, bispo?"
Segundo ele, a desconstru��o da imagem de Marina ser� feita nos Estados e por Dilma com base nas propostas que ela deve defender nos pr�ximos dias de campanha. "O eixo que temos que trabalhar � nas contradi��es, fazer ela dizer o que pensa e as pessoas escolherem, ou n�o, por uma quest�o clara do que ela vai fazer se amanh� for presidente".