Comparar Marina a J�nio � lacerdismo, diz Albuquerque

O candidato a vice-presidente pelo PSB, Beto Albuquerque, reagiu ao programa eleitoral do PT que sugere que a ex-ministra Marina Silva n�o teria condi��es de compor com o Congresso e a compara aos ex-presidentes J�nio Quadros e Fernando Collor.

Ao deixar a C�mara dos Deputados nesta noite, Albuquerque disse que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva est�o promovendo um "pren�ncio do terrorismo" e disse que a a��o petista � uma "conduta lacerdista". "Compreendo que o PT n�o queira perder o aparelho e que o PSDB queira ir para o segundo turno. Mas para isso � preciso mais do que adotar o discurso do (Carlos) Lacerda" -- jornalista porta-voz da oposi��o ao segundo governo Get�lio Vargas, na d�cada de 50.

O programa de TV de Dilma veiculado nesta tarde afirma que Marina conta com uma base de apoio de 33 deputados, n�mero insuficiente para aprovar propostas legislativas. O narrador coloca em d�vida em seguida se a ex-ministra "teria jeito para negociar" e diz que o Brasil j� elegeu "salvadores da p�tria, chefes do partido do eu sozinho". "E a gente sabe como isso acabou", conclui o narrador, referindo-se � ren�ncia de J�nio Quadros e ao processo de impeachment aberto contra Collor.

Albuquerque, que tamb�m � l�der do PSB na C�mara, disse ainda que o discurso do medo foi usado contra o pr�prio ex-presidente Lula em 2002, quando advers�rios diziam que elei��o do petista traria instabilidade econ�mica ao Pa�s. "Ele j� se esqueceu disso."

'Lula de saias'

Albuquerque foi questionada ainda sobre as cr�ticas do l�der do PT no Senado, Humberto Costa, que afirmou hoje que o receitu�rio econ�mico defendido por Marina faz dela "o Fernando Henrique Cardoso de saias". Em resposta, Albuquerque diz preferir a frase atribu�da recentemente ao ex-ministro Jos� Dirceu, preso pelo processo do mensal�o e que teria dito que Marina � "o Lula de saias". "N�o tem nada disso. O PT foi o primeiro a trazer um banqueiro ao Banco Central e fez muito bem", disse.

Ele defendeu o programa de responsabilidade fiscal proposto pelo PSB e afirmou que o senador petista se esqueceu da Carta ao Povo Brasileiro, documento divulgado pelo ex-presidente Lula em 2002 no qual ele se comprometeu a honrar contratos e com o combate � infla��o.