S�o Paulo - O candidato do PSDB � Presid�ncia da Rep�blica, A�cio Neves, afirmou, na manh� desta quarta-feira, 3, em entrevista � r�dio CBN, que o Brasil vive hoje uma nova elei��o, ap�s a morte do ex-governador Eduardo Campos e com a entrada de Marina Silva como cabe�a de chapa do PSB. "Recebo as modifica��es (cen�rio eleitoral, com Marina ultrapassando sua candidatura nas recentes pesquisas de inten��o de voto) com humildade, mas quem decide a elei��o � o eleitor, no dia 5 de outubro", disse, negando que seu partido tenha abandonado o seu pleito e reiterando que estar� na disputa do segundo turno.
Refor�ando que Marina j� integrou os quadros do PT, o presidenci�vel tucano voltou a dizer que ela votou contra o Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal, projetos considerados conquistas do governo do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. "Marina precisa dizer com clareza quais s�o suas propostas para o Brasil", cobrou. Com rela��o � Dilma, ele disse, mais uma vez, que a atual presidente e candidata � reelei��o sofrer� uma derrota nas urnas, neste pleito. "Meu sentimento � que a presidente Dilma vai perder as elei��es."
Na entrevista, A�cio foi questionado sobre sua posi��o sobre o aborto e destacou que um presidente da Rep�blica n�o deve arbitrar sobre o tema, que j� possui legisla��o formulada pelos congressistas. "O Congresso Nacional � quem deve debater (o assunto e as eventuais modifica��es na legisla��o) e eu n�o me oporia a isso (caso seja eleito)", frisou.
'Maldades'
O candidato disse ainda que o legado de Dilma ser� o de recess�o t�cnica, infla��o em alta, baixo crescimento e falta de credibilidade que afeta os investimentos e a gera��o de empregos.
"O meu governo ter� uma pol�tica econ�mica respons�vel, previs�vel", disse A�cio, ao ser questionado sobre o receitu�rio que pretende colocar em pr�tica, caso seja eleito, levando em conta que seu principal colaborador econ�mico, o ex-presidente do Banco Central Arm�nio Fraga, j� adiantou que ser� um cen�rio dif�cil e que exigir� a ado��o de medidas duras. Sem entrar em detalhes sobre quais seriam tais medidas, A�cio atacou a gest�o petista: "N�o h� espa�o para maldades, pois todas j� foram feitas pelo atual governo, veja a recess�o t�cnica que j� estamos vivendo." E disse que ningu�m tem sido mais claro nas propostas do que a sua campanha.
O presidenci�vel tucano repetiu que j� anunciou o nome de Arm�nio como seu futuro ministro da Fazenda, caso ven�a as elei��es, para mostrar ao eleitorado que sua candidatura tem um time qualificado. "Ganhar ou perder a elei��o � normal, mas acredito que vou vencer porque tenho o melhor projeto para o Brasil, que est� pagando o pre�o pela inexperi�ncia da atual presidente e pelas trapalhadas na economia, n�o podemos nos contentar com times de segunda divis�o quando temos uma verdadeira sele��o para colocar em campo."
A�cio prometeu resgatar os investimento em �reas priorit�rias, como a sa�de p�blica e disse, mais uma vez, que se for eleito ir� rever o acordo que o Brasil firmou com Cuba para trazer os m�dicos daquele pa�s para o Programa Mais M�dicos. "O Brasil tem mais for�a do que Cuba para impor negocia��o diferente sobre Mais M�dicos", reiterou.
Na entrevista, o tucano foi indagado sobre a situa��o eleitoral em seu Estado, Minas Gerais, cujo candidato de sua coliga��o, Pimenta da Veiga, que est� atr�s do candidato petista, ex-ministro Fernando Pimentel, nas pesquisas. E disse que o quadro dever� se reverter, pois sua gest�o no governo mineiro (em dois mandatos) trouxe muitos benef�cios e avan�os � popula��o, principalmente nas �reas sociais, como educa��o e sa�de. "Vencemos as elei��es em Minas Gerais n�o pelo meu sorriso, mas pelo time qualificado que sempre tivemos", disse.
Com Ag�ncia Estado