O pesquisador do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea) Mansueto Almeida, um dos colaboradores do candidato A�cio Neves (PSDB), afirmou, nesta quarta-feira, 03, que o programa de governo de Marina Silva (PSB) cria R$ 150 bilh�es de metas sociais em quatro anos, as quais s�o imposs�veis, segundo ele, de serem cumpridas.
"Quando somamos tudo, d� uma conta monstruosa de R$ 150 bilh�es a mais e um aumento dos gastos de mais de 3 pontos do PIB (Produto Interno Bruto). As metas do programa do PSB n�o casam com a parte econ�mica, a responsabilidade fiscal e, apesar de a parte econ�mica ser espelhada no nosso programa, n�o v�o cumprir as metas sociais", disse. "� imposs�vel cumprir o que est� no programa", completou o economista.
Almeida tratou com ironia as metas econ�micas do programa apresentado por Marina, entre elas a retomada do trip� macroecon�mico. Segundo o economista, o trip� com metas de infla��o e de super�vit prim�rio, al�m de d�lar flutuante, "foi apresentado por Arm�nio Fraga". Ex-presidente do Banco Central no governo do PSDB de Fernando Henrique Cardoso, Fraga integra a equipe econ�mica de A�cio e possivelmente ser� ministro da Fazenda caso o senador seja eleito. "Quando olho o programa de Marina, est� l�: vamos fazer o que Arm�nio Fraga j� fez. E como Arm�nio Fraga est� na nossa equipe, fico com o original", brincou.
Almeida admitiu que h� uma diverg�ncia entre os colaboradores da �rea econ�mica de A�cio se existe a necessidade de uma lei para a autonomia do BC, como proposta por Marina, mas considerou a quest�o como secund�ria caso Fraga seja o ministro da Fazenda. "A press�o por independ�ncia do BC � maior em outras candidaturas que no governo de A�cio. Com o Arm�nio Fraga, o BC seria independente operacional", afirmou.
O economista considerou, por fim, que o represamento dos pre�os administrados pelo governo � equivocado e que essa pr�tica "jamais ser� feita pelo governo do PSDB", caso A�cio seja eleito. Segundo ele, parte dos reajustes de pre�os administrados, no caso os da energia el�trica, j� est� definida em contrato e a quest�o dos combust�veis ser� avaliada ap�s as elei��es. "N�o haver� represamento de pre�os no governo do PSDB e haver� uma f�rmula clara de reajuste dos pre�os dos combust�veis. Isso ser� claro e deixar� de ser problema na economia brasileira", concluiu.