
A candidata do PSB � Presid�ncia da Rep�blica, Marina Silva, sofreu nessa quarta-feira nova bateria de ataques dos seus principais advers�rios. Em Belo Horizonte, no seu primeiro ato de campanha de rua na cidade, a presidente Dilma Rousseff (PT) cobrou de Marina responsabilidade e conhecimento nas propostas de governo. Sem citar nominalmente a advers�ria, a petista chamou de “temer�rio” e “inacredit�vel” o trecho do programa do PSB que fala em redu��o do papel dos bancos p�blicos e afirmou que isso pode colocar em risco o emprego dos brasileiros. Em S�o Paulo, o senador A�cio Neves (PSDB) engrossou o coro contra a socialista em entrevista � R�dio CBN. Ele colocou a oponente do PSB como uma “aventura que n�o faria bem ao povo brasileiro”.

Dilma disse que, na crise internacional de 2008, foram os tr�s bancos p�blicos que “seguraram” e garantiram os cr�ditos a empresas p�blicas que n�o conseguiam recursos no mercado internacional. “O papel dos bancos n�o � algo que simplesmente se escreve que vai ser assim ou assado. � bom conhecer como funciona pra depois propor”, disse a presidente, mais uma vez se referindo a Marina.
Aguardada por mais de tr�s horas por militantes, que a receberam com bandeiras e gritos de guerra, Dilma deu apenas uma volta de carro que durou cerca de 10 minutos na Rua Padre Pedro Pinto, a principal da regi�o.
Mais cedo, em reuni�o com empres�rios mineiros, a candidata � reelei��o reconheceu que a economia, em especial a ind�stria, passa por “uma situa��o complexa”. No entanto, disse que o momento poderia ser mais complicado se o governo federal n�o tivesse adotado medidas de incentivo a diversos setores. Dilma visitou, no Expominas, no Bairro Gameleira, na Regi�o Oeste da capital, a 8ª Olimp�ada do Conhecimento, promovida pela Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI).
A presidente admitiu ainda que pode mudar sua equipe e tamb�m a pol�tica econ�mica. “Devemos fazer esse balan�o n�o para ficarmos satisfeitos com o que j� fizemos, mas para continuarmos a fazer. Estive na CNI um tempo atr�s e naquela circunst�ncia declarei que considerava t�o importante a pol�tica industrial e de desenvolvimento em geral que eu faria um Conselho de Desenvolvimento ligado diretamente � Presid�ncia da Rep�blica. E eu reitero hoje esse meu compromisso, obviamente, novo governo, nova e, necessariamente, atualiza��o das pol�ticas e das equipes”, disse a presidente.
A�cio: "Nunca fui oposi��o circunstancial"
Em S�o Paulo, o candidato do PSDB, A�cio Neves, comparou suas principais oponentes e disse que, se eleita, Marina Silva ser�, assim como Dilma Rousseff, a “incerteza de uma aventura”. Segundo o tucano, “o Brasil n�o aguenta mais uma nova aventura, uma incerteza no seu horizonte”. Em entrevista � r�dio CBN, o tucano afirmou que o Brasil paga um pre�o alto hoje pela inexperi�ncia da atual presidente da Rep�blica. “Qual o pre�o disso? Infla��o saindo do controle, recess�o t�cnica da economia, uma perda enorme de credibilidade do pa�s. Uma nova aventura n�o faria bem ao interesse brasileiro.”
Na entrevista de meia hora, o tucano levantou d�vidas sobre as posi��es de Marina. “Sou oposi��o ao atual governo, nunca fui oposi��o circunstancial”, afirmou A�cio, que completou dizendo que nunca foi filiado ao PT. Refor�ando que Marina j� integrou os quadros do partido governista, o presidenci�vel tucano voltou a dizer que ela votou contra o Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal, projetos considerados conquistas do governo Fernando Henrique Cardoso. “Marina precisa dizer com clareza quais s�o suas propostas para o Brasil”, cobrou.
Com rela��o � economia, o tucano repetiu que j� anunciou o nome do ex-presidente do Banco Central Arm�nio Fraga como seu futuro ministro da Fazenda, caso ven�a as elei��es. “Ganhar ou perder a elei��o � normal, mas acredito que vou vencer, porque tenho o melhor projeto para o Brasil. (…) N�o podemos nos contentar com times de segunda divis�o quando temos uma verdadeira sele��o para colocar em campo.”
Em Santos, no litoral paulista, onde A�cio fez campanha � tarde ao lado do governador e candidato � reelei��o Geraldo Alckmin (PSDB), um tumulto causado por integrantes dos programas P�nico e CQC impediu o candidato de concluir sua agenda. Para tentar sair da confus�o, A�cio foi a uma tradicional pastelaria. No trajeto, de menos de 500 metros, houve empurra-empurra. A confus�o se reproduziu dentro da lanchonete e A�cio, menos de 30 minutos depois de chegar, deixou o local.
Com ag�ncias