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Estado de Minas

Concentra��o de doadoras j� vem desde primeira parcial


postado em 05/09/2014 08:37 / atualizado em 05/09/2014 11:06

Dezenas de milhares de empresas e pessoas j� doaram para as campanhas eleitorais de 2014 at� agora, mas a maior parte do valor total arrecadado pelos partidos vem de um seleto grupo de doadores. Das 15.733 pessoas f�sicas e jur�dicas que contribu�ram com mais de R$ 100 para as campanhas na primeira presta��o de contas, feita no in�cio de agosto, apenas 32 delas foram respons�veis por 50% do total doado.


A maior doadora at� a primeira parcial das contas foi o frigor�fico JBS, que est� bancando R$ 59 milh�es em gastos de candidatos e partidos neste ano. Sozinha, a empresa representa 15% do total de R$ 390 milh�es arrecadados de doadores que contribu�ram com mais de R$ 100, conforme levantamento da Transpar�ncia Brasil e do Estad�o Dados.

Em seguida, v�m a construtora OAS, a fabricante de bebidas Ambev e a construtora Queiroz Galv�o, com R$ 17 milh�es, R$ 16,7 milh�es e R$ 11,3 milh�es, respectivamente. Al�m de empreiteiras e gigantes dos ramos de bebida e alimentos, o ranking das empresas que mais doaram t�m empresas de telecomunica��es (como a Telemont), do ramo hospitalar (Hospital 9 de Julho) e bancos (como o Safra).

Para Cl�udio Abramo, diretor executivo da Transpar�ncia Brasil, a dist�ncia financeira entre os maiores e os menores doadores confere um poder desequilibrado de influ�ncia das grandes empresas sobre os candidatos que venham a ser eleitos. “Essa � uma das principais defici�ncias do sistema brasileiro de financiamento eleitoral: a inexist�ncia de um teto absoluto para as doa��es que uma empresa pode realizar abre as portas para o que se pode literalmente chamar de compra de influ�ncia sobre os candidatos.”

A ONG n�o � contra a doa��o de empresas a pol�ticos ou partidos, mas defende maior controle sobre as contribui��es. Para Abramo, se houvesse limite para o total que uma empresa ou pessoa f�sica pudesse doar, a dist�ncia entre os maiores e os menores se reduziria drasticamente, o que reduziria o poder de influ�ncia dos gigantes.

Fernando Filgueiras, professor de Ci�ncia Pol�tica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), concorda. “N�o devemos esperar, por parte dos doadores de campanha, inoc�ncia ou endosso entusi�stico a esta ou aquela campanha. O que doadores esperam � poder de influ�ncia sobre decis�es pol�ticas e no formato das pol�ticas publicas”, observa. “� evidente que ela cria uma distor��o enorme na representa��o pol�tica e influ�ncia no jogo de poder, porque certamente estes doadores ter�o um acesso privilegiado no processo de decis�o.”
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