
O Minist�rio P�blico quer ainda quebra do sigilo banc�rio e fiscal de todos os envolvidos no esquema para instaura��o de inqu�rito tamb�m por lavagem de dinheiro. De acordo com a den�ncia, encaminhada nesta sexta-feira � Justi�a, o grupo – que inclui ainda os donos da Digicorp, o casal Mateus Roberto e Roselene Trindade Carias e os funcion�rios Marcos Vinicius da Silva e Ademilson Em�dio de Abreu –, envolvia um golpe aplicado por meio da compra pela prefeitura de precat�rios fraudulentos, vendidos pela empresa para pagar tributos federais. O ex- prefeito Tadeu Leite teve sua pris�o decretada em julho de 2013, durante a Opera��o Viol�ncia Invis�vel, desencadeada para conter a sangria no cofre do munic�pio.
Mentor
De acordo com os promotores Paulo Vin�cius de Magalh�es Cabreira, Fl�vio M�rcio Pinheiro Lopes e Guilherme Roedel Fernandez Silva, o esquema teve in�cio no Esp�rito Santo, onde o empres�rio Mateus Roberto foi preso, durante a Opera��o Camaro, desencadeada em 2012. O empres�rio, que seria o mentor do golpe, tamb�m teria agido em outras prefeituras do Norte do estado, como �guas Vermelhas, Varzel�ndia, Itambacuri e tamb�m Ipatinga e Caratinga, assim como no estado da Bahia.
Em Montes Claros, por meio de fraude na licita��o, a Digicorp firmou contrato com a prefeitura que teve a dura��o de um ano – novembro de 2011 a novembro de 2012.
Segundo os promotores, os servidores p�blicos que aderiam ao processo fraudulento eram aquinhoados com 10% dos valores desviados. O pedido de apura��o foi encaminhado ao Minist�rio P�blico pela Receita Federal, que detectou a fraude no sistema, onde verificou a inclus�o de funcion�rios p�blicos federais inexistentes para fraudar a contribui��o previdenci�ria patronal.
De acordo com a den�ncia, o ent�o prefeito Tadeu Leite n�o s� tinha conhecimento da irregularidade como tamb�m conseguiu o apoio de seus auxiliares para levar � frente a fraude e assinou v�rios documentos que possibilitaram o desvio dos recursos do cofre municipal. � �poca da Opera��o Viol�ncia Invis�vel, Tadeu alegou inoc�ncia e se disse v�tima de persegui��o pol�tica.