Administrador financeiro da campanha � Presid�ncia da Rep�blica de Eduardo Campos, morto em acidente a�reo em 13 de agosto, na cidade de Santos, em S�o Paulo, o tesoureiro Renato Thi�baut comunicou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o pr�prio candidato geria pessoalmente as principais doa��es recebidas. As informa��es constam na peti��o encaminhada � Justi�a Eleitoral pelo advogado Ricardo Penteado, contratado pelo PSB. A afirma��o foi feita para justificar, at� o momento, a n�o inclus�o do jato Cessna Citation, usado por Eduardo desde o in�cio da campanha, na segunda presta��o de contas encaminhada ao TSE em 2 de setembro.
“O candidato geria algumas tratativas de sua campanha, em especial doa��es em valores estim�veis, sendo certo que detinha pessoalmente o controle, documenta��o e informa��es sobre as mesmas”, alega no documento. O advogado Ricardo Penteado havia informado ao Correio que a aeronave entraria na presta��o de contas que o TSE divulga hoje. No entanto, o avi�o n�o foi inclu�do.
A alega��o � de que os documentos necess�rios para apresenta��o ao TSE n�o foram recolhidos ainda. “O peticion�rio (Renato Thi�baut) assumiu a qualidade de administrador financeiro apenas em 1º de agosto, sendo certo que v�rias movimenta��es cont�beis ocorreram originalmente antes dessa data e n�o estavam ao alcance do seu conhecimento”, comunica Penteado na peti��o.
Oficialmente, a aeronave pertencia ao grupo de usineiros AF Andrade, com sede em Ribeir�o Preto (SP). Os s�cios Alexandre e Fabr�cio Andrade comunicaram, em depoimento � Pol�cia Federal, que o jato havia sido comprado pelos empres�rios pernambucanos Jo�o Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, Apolo Santana Vieira e Eduardo Ventola. A parte inicial do pagamento foi realizada em 16 dep�sitos banc�rios, que totalizaram R$ 1,71 milh�o. O valor total era R$ 18,5 milh�es. H� duas semanas, o Jornal Nacional mostrou que empresas de fachada realizaram os dep�sitos.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, uma das empresas que fizeram o pagamento para comprar o Cessna fechou neg�cios com uma consultoria fantasma que seria controlada pelo doleiro Alberto Youssef, preso na Opera��o Lava-Jato, deflagrada pela Pol�cia Federal em mar�o deste ano. O PSB alega que nem o partido nem Eduardo Campos tinham conhecimento da rela��o do doleiro com uma das empresas que depositaram na conta da AF Andrade.