Fl�via Ayer
Um dia depois de vir � tona o depoimento de dela��o do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa � Pol�cia Federal e ao Minist�rio P�blico Federal (MRF) – em que denuncia o envolvimento de pelo menos 61 parlamentares, seis governadores e um ministro num esquema de propina na empresa –, o esc�ndalo nacional pautou ontem o tom dos discursos dos candidatos ao governo de Minas. Se, de um lado, o tucano Pimenta da Veiga classificou o epis�dio como “o fato mais estarrecedor de corrup��o p�blica no pa�s”, do outro, o petista Fernando Pimentel tratou de minimizar o esc�ndalo e disse que “n�o significa nada”, enquanto n�o houver processo judicial que mostre a participa��o dos nomes citados por Costa.
Pimenta da Veiga acredita na repercuss�o do fato nas elei��es e cobra apura��o profunda do caso. “N�o � poss�vel discutir a continua��o de um sistema de governo que cometeu atos como esse, que envolve ministro, a base de apoio do governo, o n�cleo do PT. E n�o � a primeira vez. Para o mais desavisado analista pol�tico, isso vai provocar uma grande repercuss�o nas elei��es”, afirmou, em visita �s Olimp�adas do Conhecimento, competi��o entre estudantes do Senai e Senac encerrada ontem no Expominas, no Bairro Gameleira, na Regi�o Oeste de Belo Horizonte.
Peso Apesar de ressaltar a repercuss�o nas campanhas, Pimenta evitou falar sobre o peso que a not�cia ter� no pleito em Minas. “N�o posso medir isso, mas bate no cora��o do PT, porque corrobora todas as coisas que diz�amos e denunci�vamos na Petrobras”, disse Pimenta, para quem o esc�ndalo � um mensal�o “muito mais forte que o anterior”. Atr�s do petista Fernando Pimentel na corrida eleitoral pelo Pal�cio Tiradentes, ele j� tem se valido do esc�ndalo em sua campanha e falou sobre o assunto na sua p�gina do Facebook.
J� Pimentel preferiu tratar o caso com mais cautela. “At� agora, s�o s� vazamentos de uma suposta dela��o premiada. At� que haja algu�m respons�vel por essa informa��o e que ela seja incorporada a um processo judicial, isso n�o significa nada”, ressaltou, durante visita ao aglomerado Morro das Pedras, na Regi�o Oeste de Belo Horizonte. “A chamada dela��o premiada � um instrumento muito perigoso. N�o sabemos em que circunst�ncias esses depoimentos foram colhidos”, completou.
Segundo Pimentel, enquanto o Minist�rio P�blico e a Justi�a n�o assumirem a responsabilidade pelos nomes citados e isso fizer parte oficialmente da dela��o de Costa, “n�o significa nada”. Ele tamb�m fez quest�o de se desvincular do esc�ndalo. “A minha campanha n�o tem problema nenhum com isso”, disse.