
O senador A�cio Neves (PSDB), candidato tucano � Presid�ncia da Rep�blica, criticou nesta segunda-feira as suas duas principais concorrentes na corrida ao Pal�cio do Planalto. Durante visita ao Par� - onde passou por Marab� e por Bel�m -, o tucano disse que as den�ncias de corrup��o em contratos da Petrobras afetam tanto Dilma Rousseff (PT) como Marina Silva (PSB). Para ele, a petista se beneficiou politicamente do esquema na estatal e a ex-senadora tenta sempre se vitimizar nas situa��es em que � colocada � prova.
“Estamos falando de uma �rea que foi conduzida, liderada, pela atual presidente da Rep�blica nos �ltimos 12 anos. N�o acredito que a presidente da Rep�blica tenha recebido recursos desse esquema. Mas, do ponto de vista pol�tico, ela foi benefici�ria sim”, disse, acrescentando que caberia � Dilma saber o que ocorria no seu entorno e “coibir os malfeitos. A�cio voltou a chamar o epis�dio de “mensal�o 2” e afirmou que as acusa��es s�o “extramente graves”. “O fato concreto, e quem diz isso � a Pol�cia Federal, � que existe uma organiza��o criminosa atuando no seio da maior empresa p�blica brasileira. E segundo den�ncias de um dos diretores mais prestigiados pelo atual governo, a base de sustenta��o ou parte de sustenta��o desse governo vem sendo alimentada por recursos il�citos, recursos da corrup��o.
J� em rela��o � Marina Silva, o tucano amenizou a poss�vel liga��o dela com o esquema denunciado por Paulo Roberto Costa e defendeu Eduardo Campos, que, segundo ele, “n�o combina” com as acusa��es. Apesar disso, ele fez duras cr�ticas � herdeira da vaga de cabe�a de chapa de Campos, dizendo que ela n�o joga limpo quando n�o marca quais s�o suas posi��es. “Em rela��o � candidata Marina, quero saber com quem ela vai governar e de que forma pretende governar o pa�s. Com quais convic��es? Porque quem muda de opini�o a todo instante, em raz�o das circunst�ncias ou de determinadas press�es, a meu ver, mostra uma fragilidade muito grande pra enfrentar um pa�s com as complexidades, com as dificuldades que vamos enfrentar a partir do ano que vem”, disse.
As cr�ticas � Marina foram feitas quando o presidenci�vel tucano falava sobre o esc�ndalo envolvendo a Petrobras, ap�s as den�ncias feitas pelo ex-diretor de Abastecimento e Refino Paulo Roberto Costa. O ex-funcion�rio da estatal falou durante 40 horas, como parte de um acordo de dela��o premiada. O ex-diretor da estatal citou nomes de pol�ticos ligados principalmente ao PT, PMDB e PP e o do falecido governador de Pernambuco Eduardo Campos, que era o cabe�a de chapa do PSB.
Em nota, a Petrobras afirmou que a empresa tem prestado “todas as informa��es solicitadas pela Pol�cia Federal, Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), Controladoria Geral da Uni�o e Minist�rio P�blico”. A estatal ainda informa que pediu ao juiz respons�vel pela opera��o Lava Jato acesso �s informa��es relativas a ela. “a Diretoria Executiva informa aos seus acionistas e empregados que a empresa continua trabalhando normalmente em todas as suas unidades para atender a seus objetivos empresariais, visto que atos irregulares, que possam ter sido cometidos por uma pessoa ou grupo de pessoas, empregados ou n�o da empresa, n�o representam a conduta da institui��o Petrobras e de sua for�a de trabalho constitu�da por milhares de empregados”, finalizou a nota.