O senador e candidato � reelei��o Pedro Simon (PMDB-RS) afirmou nesta quarta-feira, 10, que o governo do PT vai agir com "muita for�a" para enfraquecer a candidatura � Presid�ncia de Marina Silva (PSB), mas que a ex-senadora tem condi��es de ganhar a elei��o de outubro. "Ela vai resistir", disse em entrevista coletiva na capital ga�cha na sede da Federa��o das Associa��es Comerciais e de Servi�os do Rio Grande do Sul (Federasul), ao comentar o resultado das �ltimas pesquisas, que apontam uma disputa mais acirrada num poss�vel segundo turno com a presidente Dilma Rousseff (PT).
"N�o vejo nenhum fato novo que tenha acontecido que alterasse a credibilidade da Marina nesses �ltimos dias. O que houve foi o ex-diretor da Petrobras que deu uma declara��o visando � diminui��o de sua pena. Fez uma s�rie de afirma��es e deu uma s�rie de nomes", afirmou, referindo-se ao depoimento concedido por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, � Pol�cia Federal.
O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto em acidente a�reo no m�s passado, foi citado por Costa como um dos pol�ticos beneficiados pelo esquema de corrup��o em contratos com fornecedores da estatal. A lista fornecida pelo ex-diretor tamb�m tem pol�ticos de partidos como PT, PMDB e PP.
"N�o acredito (em enfraquecimento da candidatura de Marina). Imagino que a press�o vai ser brutal", avaliou. Ele disse que possui informa��es de um "n�mero consider�vel de pessoas" que o PT teria reunido e treinado para falar mal de "A, B e C" nas redes. O senador tamb�m lembrou da elei��o de 2006, quando integrantes do PT foram acusados de tentar comprar um dossi� falso para prejudicar o ent�o candidato tucano ao governo de S�o Paulo, Jos� Serra. "Falsificaram uma acusa��o contra o Serra", falou Simon.
Para o senador ga�cho, que tenta a reelei��o, Marina ganhar� a disputa nacional porque o seu fen�meno de ascens�o nas pesquisas foi espont�neo. "Ela representa a possibilidade de o Brasil fazer as transforma��es necess�rias."
Reelei��o ao Senado
Sobre sua entrada na disputa pelo Senado no Rio Grande do Sul - ap�s o candidato original da chapa do PMDB, Beto Albuquerque (PSB), ter aceitado concorrer como vice de Marina -, Simon disse que sua participa��o neste pleito "foge da normalidade".
Segundo ele, este � o principal motivo para que apare�a em terceiro lugar nas pesquisas de inten��o de voto no Rio Grande do Sul, atr�s de Lasier Martins (PDT) e Ol�vio Dutra (PT). "Reconhe�o que meu problema principal � a propaganda", disse, justificando que boa parte do material de campanha ainda tem o nome de Beto como candidato da coliga��o ao Senado.
Ele explicou que aceitou ser candidato (depois de j� ter anunciado sua aposentadoria) porque entendeu que era importante para o Estado ter Beto ao lado de Marina. "Se ela for eleita, poderemos ter um di�logo altamente construtivo para o Rio Grande do Sul dada a intimidade dele com Marina."