O candidato tucano � Presid�ncia da Rep�blica, A�cio Neves, criticou nesta quarta-feira a advers�ria Marina Silva, do PSB, por prometer governar com os "melhores nomes" de cada partido e indicou que o PSDB n�o cederia quadros para um poss�vel governo da ex-ministra. "O PSDB tem duas op��es nessa elei��o: ou vence e � governo ou perde e � oposi��o", afirmou A�cio em entrevista coletiva, depois de participar de sabatina.
Terceiro colocado nas pesquisas, o candidato evitou responder se apoiaria Marina no segundo turno, mas disse que todo pol�tico tem que se posicionar. O tucano lamentou a neutralidade de Marina no segundo turno de 2010, disputado entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-governador Jos� Serra (PSDB). "Vou falar de peito aberto: todo l�der pol�tico tem que ter posi��o, mesmo que n�o seja o que mais atenda aos seus interesses pessoais e pol�ticos", disse.
Entre os nomes que Marina diz que gostaria de ver em seu governo est� o de Serra, candidato ao Senado. A�cio se apresentou como o candidato com "um time de primeira linha" e representa "garantia de mudan�a segura". Ao atacar a estrat�gia de Marina de se apresentar como novidade, o tucano disse que a candidata governaria com "o terceiro time do PSDB e do PT". "O que est� a� falhou, acredito que n�o ter� outro mandato. Outra alternativa � Marina. O que � a nova pol�tica? Ser� que � governar com o terceiro time do PSDB e do PT?"
Questionado quem seria o terceiro time tucano, o candidato apenas exaltou seus aliados. "N�o busquei o segundo melhor, o terceiro melhor. Temos um plano extraordin�rio para o Brasil", disse. O candidato acrescentou n�o conhecer aqueles com os quais a Marina vai governar. "Como vai construir maiorias, apenas com sorriso, ou pin�ando nome desse ou daquele partido?" O tucano criticou Dilma pelo que considerou ataques pessoais a Marina, como a declara��o de que a advers�ria � "sustentada" por banqueiro, em refer�ncia � liga��o com Neca Set�bal, herdeira do Banco Ita�. "Acho deselegante a presidente fazer declara��es de que Marina � sustentada por esse ou aquele setor. Voc� jamais ouvir� de mim esse tipo de cr�tica", disse.
Reelei��o
Reeleito governador de Minas Gerais em 2006, A�cio disse que a reelei��o "faz mal ao Pa�s", embora n�o tenha reconhecido como erro a aprova��o da emenda constitucional que a instituiu, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, com o empenho dos tucanos. "Foi uma experi�ncia que o Brasil buscou. A reelei��o n�o foi votada pelo Fernando Henrique. Foi votada pelo Congresso, para os prefeitos, para os governadores. Seria c�modo eu dizer que dev�amos manter a reelei��o para sempre. Acho que a reelei��o faz mal ao Brasil. Vivi essa experi�ncia, fui reeleito. � uma covardia, uma disputa desigual". A�cio afirmou que Dilma "desmoralizou a reelei��o". "Voc� vai ver os atos de campanha da presidente da Rep�blica, s�o atos de governo".
A�cio cobrou investiga��o imediata do esquema de corrup��o na Petrobr�s, denunciado pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa. "Vou reestatizar a Petrobr�s, tirar a Petrobr�s da pol�tica", prometeu. "N�o acuso a presidente de ter se beneficiado pecuniariamente desses recursos, mas ela foi benefici�ria pol�tica. Esse esquema sustentou sua base de apoio, inclusive durante seu processo de elei��o. � importante o eleitor saber, antes da elei��o, qual a intensidade e a participa��o dos citados nas den�ncias", disse.
Entre as perguntas enviadas pelo Twitter, estava a de Gleber Naime, integrante da Comiss�o de �tica do PT e ex-secret�rio nacional de Comunica��o do partido. O tema foi a constru��o de um aeroporto, durante o governo do PSDB em Minas, em uma fazenda desapropriada que pertence a parentes do tucano. "Eu acho que isso � uma desinforma��o muito grande. Foram milhares de obras realizadas em Minas Gerais, acompanhadas e aprovadas pelo Minist�rio P�blico, e que atendem uma enorme regi�o do Estado, que s� cresce economicamente", respondeu A�cio.