O ex-diretor da �rea Internacional da Petrobras Nestor Cerver� isentou mais uma vez, em depoimento � CPI mista da estatal nesta quarta-feira (10), a presidente Dilma Rousseff de responsabilidade na controversa compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).
Cerver� saiu ainda em defesa da opera��o, rebatendo declara��es do colega de diretoria Paulo Roberto Costa que, em dela��o premiada, segundo a revista Veja, disse que houve desvio de recursos da refinaria para abastecer um esquema de pagamento de propina a pol�ticos.
Em nota, Dilma, presidente do Conselho de Administra��o da estatal na �poca da opera��o, disse que n�o aprovaria a transa��o se tivesse tido acesso �s cl�usulas omitidas pelo ex-diretor.
O Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) apontou um preju�zo financeiro de US$ 792 milh�es com a compra de Pasadena e, em julho, determinou o bloqueio de bens de Cerver� e outros integrantes da diretoria executiva da �poca. O TCU livrou a presidente e membros do conselho de administra��o do bloqueio.
O ex-diretor afirmou que a responsabilidade pela opera��o � do conselho e n�o da diretoria executiva. Ele disse que a transfer�ncia dos seus bens n�o teve "nada a ver" com o processo de Pasadena e que, ao doar tr�s im�veis tr�s meses atr�s, decidiu antecipar a heran�a aos filhos.
Para Cerver�, o TCU se "equivocou" ao basear o tamanho do preju�zo de Pasadena baseado nos pre�os de apenas um dos 27 cen�rios de pre�os estimados pela Petrobras para a refinaria. "N�o concordo com nenhum dos preju�zos indicados pelo TCU em Pasadena", pontuou.
Ao destacar que "nunca ouviu falar em organiza��o criminosa" na estatal, conforme relat�rio da Pol�cia Federal, o ex-diretor insistiu que a compra da Pasadena, na �poca, foi um bom neg�cio para a estatal e que o cen�rio atual para a refinaria � "altamente favor�vel nos pr�ximos anos".
Ele disse que aceita passar por uma acarea��o com Paulo Roberto Costa e disse que n�o teme os depoimentos do ex-colega de diretoria � PF. "N�o tenho porque ficar preocupado com a dela��o do Paulo. N�o tenho esse problema", declarou. Ele tamb�m admitiu que foi chamado pela estatal para passar por um treinamento antes de depor no Congresso Nacional.