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Estado de Minas

Base aliada age para esfriar den�ncias sobre a Petrobras

Parte da base aliada ao governo tentou dissuadir o presidente da CPI, Vital do R�go, de pedir ao Supremo Tribunal Federal c�pia das declara��es de Paulo Roberto Costa


postado em 11/09/2014 07:37 / atualizado em 11/09/2014 07:47

Bras�lia- A amplitude e ramifica��es pol�ticas contidas nos depoimentos do ex-diretor Paulo Roberto Costa no �mbito da dela��o premiada desencadearam no governo e entre integrantes da CPI mista da Petrobras uma opera��o de "conten��o de danos". Parte da base aliada ao governo tentou dissuadir nesta quarta-feira, 10, o presidente da CPI, Vital do R�go (PMDB-PB), de pedir ao Supremo Tribunal Federal c�pia das declara��es de Costa - que cumpre pris�o preventiva no Paran� - no acordo firmado com o Minist�rio P�blico Federal e a Pol�cia Federal em troca de uma eventual redu��o de pena ou at� mesmo do perd�o judicial.

Nos depoimentos que j� prestou, Costa citou tr�s dezenas de parlamentares - entre deputados e senadores -, al�m de governadores, ex-governadores e um ministro como benefici�rios de um suposto esquema de propinas em contratos da Petrobras. Os detalhes das oitivas, por�m, ainda n�o s�o conhecidos.

Em reuni�o da comiss�o a portas fechadas, o l�der do PT no Senado, Humberto Costa (PE), argumentou que a lei do crime organizado impede a divulga��o dos depoimentos de dela��o. O l�der do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), tamb�m refor�ou essa posi��o contr�ria, segundo relatos de presentes, acompanhado do relator da CPI, Marco Maia (PT-RS).

Esse grupo tamb�m tentou adiar o novo depoimento do ex-diretor, que foi agendado ontem para a pr�xima quarta-feira, dia 17. O argumento � que Costa poderia se recusar a responder �s perguntas por causa da dela��o premiada. A oposi��o n�o aceitou acordo e o senador Vital do R�go manteve o depoimento marcado e seu pedido ao Supremo. Sem o apoio do PT para sua campanha ao governo da Para�ba, Vital tem sido um bra�o da oposi��o quando o assunto � inc�modo ao Planalto.

Na reuni�o, fechada � imprensa, o senador Gim Argello (PTB-DF) teria afirmado que o ex-diretor delatou aos policiais corrup��o em contratos da Petrobras na �frica. O senador, contudo, n�o deu mais detalhes. No seu mandato, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva levou a empresa a investir em pa�ses africanos.

Lula tinha canal direto com Costa quando era presidente. Ele se referia ao executivo como "Paulinho" e, segundo ex-dirigentes da Petrobras, tratava diretamente com o ex-diretor sobre investimentos da estatal.

Segundo fontes, na Costa Global, empresa do ex-diretor, h� um macac�o emoldurado na parede com uma dedicat�ria de Lula no lado esquerdo do uniforme dos funcion�rios da empresa. Conforme a revista Veja, na dela��o premiada, Costa citou o ex-presidente Lula, mas n�o se sabe em que contexto.

Foram citados, segundo a revista, tamb�m o ministro de Minas e Energia, Edison Lob�o; o presidente da C�mara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN); o ex-governador S�rgio Cabral (PMDB) e a atual governadora do Maranh�o, Roseana Sarney; o ex-governador de Pernambuco e ex-candidato do PSB � Presid�ncia, Eduardo Campos, morto em um acidente a�reo no dia 13 de agosto; o ex-ministro da Cidades M�rio Negromonte (PP-BA) e o tesoureiro do PT, Jo�o Vaccari Neto, al�m de outros parlamentares do PT e aliados. O portal estadao.com.br j� havia revelado na sexta-feira passada que o ex-diretor fez refer�ncia ainda ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Na reuni�o reservada, o presidente da CPI afirmou que ser� necess�rio "refundar a Rep�blica" ao se referir � dela��o de Costa.

Humberto Costa, em seguida, sugeriu o clima de apreens�o entre empresas citadas por envolvimento com o esquema ao dizer que v�rios diretores estariam a caminho do aeroporto. O petista confirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que fez o coment�rio. Sobre sua posi��o em rela��o ao novo depoimento do ex-diretor, disse: "Eu n�o fui contra. S� ponderei que acho que n�o vai acontecer � nada".

Acesso

Na linha de frente do governo, o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, afirmou que pediria pessoalmente ao procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, acesso � dela��o premiada feita por Costa.

Cardozo disse que ainda n�o sabe quando poder� ter acesso �s informa��es prestadas pelo ex-diretor da Petrobras. "N�o posso pressionar o procurador da Rep�blica. Ele tem todo o tempo que achar necess�rio, mas ele disse que responder� de forma c�lere", ressaltou, ao deixar a posse de Ricardo Lewandowski como presidente do Supremo.

Segundo ele, os documentos poder�o possibilitar que sejam tomadas "medidas corretivas" pelo Executivo. "� tudo muito novo. � a primeira vez que n�s temos uma dela��o premiada nessas caracter�sticas de foro privilegiado, que sai para vir para o Supremo", afirmou.


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