A presidente Dilma Rousseff assinalou nesta quinta-feira a gera��o l�quida de empregos formais de agosto, medida pelo Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged) e divulgada hoje. "O emprego no Brasil tem se mantido, apesar de todas as flutua��es", disse a presidente em coletiva de imprensa convocada no Pal�cio da Alvorada, resid�ncia oficial em Bras�lia.
Dilma destacou que o emprego cresceu em seis dos oito setores analisados, principalmente no de servi�os, e pontuou que houve desacelera��o no ritmo de queda de vagas na ind�stria. Sobre este setor, a presidente alegou que a queda do ritmo de com�rcio internacional � um problema que afeta os pa�ses desenvolvidos, que s�o mercados priorit�rios da ind�stria. "Elas t�m um problema s�rio hoje de mercado e isso mostra claramente que essa tend�ncia de redu��o do ritmo de atividade da ind�stria n�o � um fen�meno brasileiro", concluiu.
Para a presidente, o saldo apresentado hoje pelo Caged � um ind�cio de que o terceiro trimestre ser� melhor do que o segundo - em julho, a gera��o de empregos no Brasil registrou o pior resultado para o m�s desde 1999. A presidente tamb�m comemorou o desempenho da constru��o civil e, sobre a agricultura, argumentou que o fechamento de vagas � um resultado "sazonal". A presidente colocou como destaque ainda os n�meros do Nordeste e disse que 25 das 27 unidades da federa��o viram o emprego aumentou. "O emprego no Brasil est� crescendo em um momento em que h� um relat�rio sobre as economias do G20 em que se constata uma crise de emprego no mundo", declarou Dilma.
A presidente disse que houve redu��o de 100 milh�es de empregos nos pa�ses que fazem parte do G20. "Nesse per�odo no Brasil chegamos a 5,6 milh�es de celetistas, o que n�o � trabalho informal", celebrou. "Fica clara a resili�ncia e a capacidade de resist�ncia do Brasil diante da crise".
Dilma tamb�m criticou o discurso de opositores de que o Brasil est� em situa��o pior do que os seus vizinhos. Ela argumentou que o Brasil registrou maior expans�o do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. "Todos os pa�ses sofrem com a desacelara��o do pre�o das commodities", afirmou.
Marina
A presidente tamb�m atacou Neca Set�bal, a coordenadora do programa de governo da candidata do PSB, Marina Silva, e acionista do Banco Ita�, dizendo que ela n�o atua como educadora, como teria feito no passado, quando apoiou petistas, mas como banqueira. Para a presidente "o que mudou � que ela est� se comportando como banqueira" e "n�o d� pra vestir as duas roupas, ou � uma ou � outra, ou uma � a roupa verdadeira, e a outra � fantasia".
Dilma respondia a uma pergunta sobre o que mudou no PT em rela��o a Neca Set�bal, j� que antes ela era tratada como educadora quando, h� dois anos, apoiou a campanha de Fernando Haddad � Prefeitura de S�o Paulo e chegou a ser convidada para ser sua secret�ria de Educa��o, al�m de ter contribu�do financeiramente para campanhas petistas, e agora � tratada, de forma pejorativa, como banqueira. "Neca educadora � a Neca educadora. Agora, na medida que eu sou herdeira do Banco Ita� e defendo uma pol�tica que beneficia claramente os bancos, que � a pol�tica de independ�ncia do Banco Central, de redu��o do papel dos bancos p�blicos, eu estou fazendo papel de banqueira e eu n�o estou falando sobre educa��o, sobre crian�a ou sobre creche", desabafou a presidente.
De acordo com a presidente Dilma, "independ�ncia no Brasil � considerada para poderes", e n�o se pode dar esta mesma independ�ncia para os bancos. "Quem s�o os 3 poderes independentes? O Executivo, o Legislativo e o Judici�rio. Mais ningu�m � independente no Brasil. Nenhum outro poder. Os bancos, dentro do Banco Central, n�o ter�o independ�ncia e n�o t�m. Isso n�o � caracter�stica brasileira", disparou.
Segundo a presidente Dilma, na hora que Neca Set�bal defende a independ�ncia dos bancos em rela��o ao Banco Central, ela n�o pode ser tratada como educadora, mas s� como banqueira. "O que estou dizendo � que o que mudou � a atitude e a postura da pessoa (Neca). Nada mais mudou. Cada um de n�s � o que �", atacou.
Em entrevista, Neca Set�bal negou que o Banco Ita� tenha "bancado" Marina Silva e acusou a presidente Dilma de estar "baixando o n�vel" da campanha.