Dilma admite que seguran�a p�blica piorou

S�o Paulo - A presidente e candidata � reelei��o Dilma Rousseff (PT) reconheceu nesta sexta-feira, durante sabatina promovida pelo O Globo, que a situa��o da seguran�a no Pa�s piorou nos �ltimos anos. "A situa��o do Brasil sobre a seguran�a p�blica piorou, sim. O crime organizado atua de forma organizada. Uni�o atua de forma fragmentada", disse.

A presidente voltou a defender uma mudan�a na Constitui��o para dar mais poder � Uni�o na quest�o de seguran�a e disse ser a favor da implanta��o do modelo adotado durante a Copa do Mundo de Centros de Comandos de Controle. "A Uni�o tem que se tornar respons�vel pela seguran�a p�blica, porque hoje � dos Estados. N�o pode ser assim. Tem de mudar a Constitui��o. N�o pod�amos deixar na Copa uma quebra da seguran�a p�blica, ent�o o que fizemos? Centro de Comando de Controle. Cada um cuidava da sua pr�pria hierarquia. Conseguimos um trabalho eficaz", disse.

Dilma afirmou que acredita na integra��o entre as entidades federativas. "Por isso que estamos propondo mudar a Constitui��o. Criar os Centros de Comando em 27 Estados. Acredito que vamos dar um salto neste sentido: integrando", afirmou, destacando ser importante integrar o cadastro de detentos "Tem um em S�o Paulo, outro em Minas, outro no Nordeste."

Questionada sobre a promessa de usar drones para ajudar na quest�o de seguran�a, Dilma afirmou que "a realidade muda e mudamos com ela". "N�s �amos comprar 12 drones, que � tamb�m chamado de vant. Ir�amos comprar para a Justi�a e para a Defesa", explicou, ressaltando que o Brasil compraria o material de Israel e que o "custo de manuten��o era muito alto"."Mudamos para um caminho melhor", explica Dilma, ao justificar que agora os drones est�o sendo constru�dos pela Embraer.

Crise

Dilma afirmou tamb�m que teve uma pol�tica defensiva economicamente em rela��o � crise mundial. Questionada se mudaria sua condu��o da economia ou faria tudo igual em um eventual segundo mandato, Dilma afirmou que esse "tipo de coloca��o � estagnada". "A gente muda com a realidade. Assumo que tive uma pol�tica defensiva em rela��o a crise", afirmou, durante sabatina promovida pelo jornal O Globo.

Dilma criticou algumas politicas de austeridade, que levaram o mundo a ter a gera��o "nem-nem", que n�o tem estudo e nem trabalho. Segundo a presidente, o Brasil soube segurar o emprego. Ela destacou ainda que no G-20 h� 100 milh�es de desempregados. "Eles calculam que at� 2030 ser�o 600 milh�es de desempregados. Estamos enfrentando uma crise que n�o � s� nossa."

A presidente afirmou ainda que acredita que � "grande a possibilidade de crescimento forte no segundo semestre do ano". "Gostaria de dizer o seguinte: � muito dif�cil falar em tend�ncia. � muito dif�cil comparar um semestre com outro. As compara��o pontuais s�o grandes armadilhas", disse.

Questionada como lidar� com o baixo crescimento do Pa�s, Dilma afirmou que no passado quando havia crise o que se fazia era cortar sal�rios e diminuir o ritmo de investimentos. "� imposs�vel um pa�s enfrentar a crise com esse 'modelito'", afirmou, destacando que um pa�s n�o tem futuro se parar de investir. Ao ser confrontada com o ritmo em queda de investimento, Dilma disse: "imagina se a gente n�o tivesse se esfor�ado".

Com Ag�ncia Estado