Depois de assinar um acordo para dela��o premiada e passar as �ltimas duas semanas prestando depoimentos di�rios sobre o esquema de desvios de dinheiro na Petrobras e de aceitar a repatria��o de dinheiro depositado no exterior, o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa pode deixar a cadeia ainda nesta semana.
O ex-diretor foi preso pela primeira vez em mar�o, na Opera��o Lava Jato da Pol�cia Federal - que tinha como foco um esquema suspeito de movimentar R$ 10 bilh�es em lavagem de dinheiro. Libertado em maio, foi novamente preso em junho, ap�s autoridades su��as informarem o Brasil de que Costa tinha dinheiro no pa�s europeu.
Similar a um contrato, o acordo de dela��o � repleto de cl�usulas. Mesmo colaborando com as investiga��es, Costa dever� ser condenado a uma pena aproximada de cinco anos - o que lhe garantiria, ao final do processo, o direito ao regime semiaberto, no qual o sentenciado a uma san��o menor do que oito anos de pris�o pode trabalhar durante o dia fora da cadeia e � obrigado a voltar para o pres�dio no in�cio da noite. Neste caso, a progress�o da pena poderia lhe levar ao regime aberto em poucos meses.
Para o ex-diretor, trata-se de quase um perd�o judicial, porque a expectativa entre os procuradores da Rep�blica e sua pr�pria defesa era que fosse condenado a uma pena superior a 50 anos pelos crimes de lavagem de dinheiro e oculta��o e destrui��o de documentos.
Costa � r�u em dois processos criminais e alvo de v�rios inqu�ritos da PF. A dela��o premiada o livrar� de todos os processos e investiga��es. Uma cl�usula do acordo prev� que Costa dever� usar tornozeleira eletr�nica por um ano.