Curitiba – Em depoimento nessa segunda-feira � Justi�a Federal do Paran�, o ex-presidente da Petrobras Jos� S�rgio Gabrielli disse que n�o conhecia o doleiro Alberto Youssef nem sabia das rela��es entre ele e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Gabrielli prestou depoimento, por meio de teleconfer�ncia, ao juiz S�rgio Moro, respons�vel pelos processos abertos no Paran� ap�s a opera��o Lava a Jato, da Pol�cia Federal. “Ao que me conste, nenhum evento de propina, de corrup��o sobre os quais ele (Costa) est� sendo acusado chegou ao meu conhecimento”, disse o ex-presidente da Petrobras.
O juiz quis saber como era o processo de escolha que levou � nomea��o de Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da Petrobras. Moro indagou se o ex-diretor havia sido indicado pelo ex-deputado federal Jos� Janene (PP). Gabrielli disse que n�o tinha essa informa��o. “Quem tem compet�ncia para indicar diretores � o Conselho de Administra��o “, alegou. “Mas h� influ�ncia pol�tica?”, perguntou o juiz. “A exist�ncia de influ�ncia pol�tica ou n�o ocorre no �mbito do governo”, respondeu o ex-presidente da estatal.
Gabrielli afirmou ainda que n�o conhecia Janene. Ele explicou que Paulo Roberto Costa era um t�cnico de carreira, que vinha da �rea de explora��o e produ��o, e foi apresentado pelo conselho. Indagado pelo Minist�rio P�blico Federal sobre se Paulo Roberto tinha inger�ncia sobre a comiss�o de licita��o para execu��o da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, Gabrielli disse que o ex-diretor n�o mandava sozinho no setor de compras da Petrobras. “Os processos licitat�rios envolvem a diretoria de Engenharia e a do segmento. S�o sempre comiss�es mistas formadas pelas diretorias envolvidas”, sustentou Gabrielli.
O ex-presidente da Petrobras falou na condi��o de testemunha de Youssef. Gabrielli foi presidente da Petrobras entre 2005 e 2012, per�odo em que Paulo Roberto Costa, um dos alvos centrais da opera��o Lava a Jato, era um dos diretores da estatal. Costa � acusado de intermediar contratos entre a grandes empreiteiras e a Petrobras com a ajuda de pol�ticos de diversos partidos.