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Estado de Minas

Gabrielli: 'Raz�es' para indica��o s�o do governo


postado em 16/09/2014 08:01 / atualizado em 16/09/2014 08:37

S�o Paulo - O ex-presidente da Petrobras Jos� Sergio Gabrielli disse ontem que "as raz�es e as motiva��es" para a indica��o de Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da estatal, posto que ocupou entre 2004 e 2012, s�o "problemas internos do governo". A afirma��o foi feita em videoconfer�ncia, durante depoimento � Justi�a num dos v�rios processos abertos ap�s a Opera��o Lava Jato, da Pol�cia Federal.

Costa � alvo dessa opera��o. Ele � suspeito de desviar dinheiro de contratos da estatal para abastecer caixas de pol�ticos ligados ao governo federal. � funcion�rio de carreira da Petrobras, mas ascendeu � diretoria de Abastecimento durante o governo Luiz In�cio Lula da Silva.

Um dos empreendimentos sob suspeita � a constru��o da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Or�ada em R$ 2,5 bilh�es, ela j� teria consumido R$ 20 bilh�es, segundo a PF.

O ex-diretor, que est� preso, est� depondo desde 29 de agosto em regime de dela��o premiada, no qual conta o que sabe em troca de redu��o de pena ou perd�o judicial. Ele apontou os nomes de pelo menos 32 deputados e senadores e de um governador como beneficiados do suposto esquema de propinas.

Na semana passada, a candidata � Presid�ncia do PSB, Marina Silva, declarou em sabatina do jornal O Globo que os ataques de sua rival, Dilma Rousseff (PT), s�o uma "cortina de fuma�a" para encobrir den�ncias envolvendo a Petrobras. Ela acusou o PT de colocar um diretor na Petrobras para "assaltar os cofres" da estatal. Dilma, que integrou e presidiu o Conselho de Administra��o, reagiu e classificou a declara��o de "leviana e inconsequente".

A PF sustenta que Costa chegou ao posto por influ�ncia do ex-deputado Jos� Janene (PP-PR), morto em 2010. Janene, acusado de envolvimento com o mensal�o federal, era s�cio do doleiro Alberto Youssef, principal alvo da Opera��o Lava Jato. Gabrielli foi ouvido, inclusive, como testemunha arrolada pela defesa de Youssef.

O ponto central do depoimento de Gabrielli, que comandou a Petrobras de 2005 a 2012, foi a indica��o de Costa para uma das mais importantes cadeiras da estatal. Quando questionado sobre o tema, respondeu: "O presidente da Petrobras � comunicado, as raz�es e motiva��es s�o problemas internos do governo. O processo de indica��o � exclusivo do Conselho de Administra��o, geralmente decidido no �mbito do s�cio majorit�rio, que � o governo", disse. A audi�ncia de Gabrielli foi realizada por videoconfer�ncia. Ele falou de Salvador para autoridades de Curitiba. Atualmente, Gabrielli ocupa o cargo de secret�rio de Estado do Planejamento da Bahia.

O ex-presidente da Petrobras disse que n�o tinha conhecimento de que Costa fora nomeado por indica��o de Janene. "Isso circulou na imprensa, mas eu n�o participei de nenhum processo desse tipo", afirmou. "A exist�ncia de influ�ncia pol�tica ou n�o ocorre no �mbito do governo, n�o no �mbito da Petrobr�s. Eu n�o tive nenhum contato com o sr. Janene."

Foi perguntado a Gabrielli se as nomea��es n�o t�m de passar pelo crivo do Conselho de Administra��o. "No Conselho de Administra��o � apresentado nome. O Paulo Roberto Costa era t�cnico de carreira com uma tradi��o na companhia. Vinha da �rea de explora��o e produ��o, n�o era da de refino, foi apresentado pelo conselho e foi aprovado pelo conselho."

Um advogado de Youssef perguntou a Gabrielli sobre as suspeitas de superfaturamento da Abreu e Lima e a den�ncia de que uma quadrilha se instalou na Petrobras. "Era poss�vel que um diretor s�, Paulo Roberto Costa, no caso, detivesse poderes para comandar o processo de licita��o para beneficiar uma empresa?", indagou o defensor do doleiro. "Todas as decis�es sobre projetos e contratos acima de R$ 32 milh�es s�o autorizadas pela diretoria", respondeu Gabrielli. "As decis�es abaixo (daquele valor) t�m procedimentos, evidentemente que n�o h� decis�o individual do diretor, porque isso t�m que passar por v�rios comit�s e grupos de trabalho e, portanto, acredito que dificilmente um diretor, individualmente, possa tomar decis�es." 


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