Parlamentares da oposi��o t�m usado o sil�ncio do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, em audi�ncia nesta tarde na CPI mista da estatal, como palanque para criticar a presidente Dilma Rousseff. Os oposicionistas responsabilizaram Dilma pelo que consideram ser um fracasso na gest�o da companhia petrol�fera, comparando o esquema com o do mensal�o.
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), coordenador jur�dico da campanha presidencial de A�cio Neves, disse que a popula��o quer saber quem s�o os nomes de quem "assaltou" a Petrobras. "A agilidade nisso � para atender o sentimento da na��o e descobrir quem s�o esses marginais antes da elei��o", afirmou Sampaio, que defendeu que se realiza j� amanh� uma reuni�o com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para tentar ter acesso � integra da dela��o premiada.
Desde o dia 29 de agosto, Costa tem prestado depoimentos � Justi�a Federal do Paran� nos quais revela o envolvimento de pol�ticos no esquema de recebimento de propina em contratos da estatal no per�odo em que foi diretor (2004-2012).
O l�der do DEM na C�mara, Mendon�a Filho (PE), afirmou que "lamentavelmente o Brasil assiste a mais um caso grav�ssimo de corrup��o envolvendo a gest�o do PT". "Uma empresa orgulho para povo brasileiro se transformou numa casa de neg�cios, num organismo para financiar de forma ilegal partidos pol�ticos", criticou.
O ex-diretor, que chegou at� a ser chamado de "bandido" pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), permanece calado durante todo o depoimento. Sem respostas dele, a sess�o come�a a ficar esvaziada - boa parte dos oposicionistas j� deixou a sala de reuni�o.
'Nada a esconder'
Citado pela imprensa na dela��o premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou que seu partido "n�o tem nada a esconder", disse Cunha.
"Se estamos aqui nesta CPMI, agrade�am ao apoio do PMDB. O PMDB n�o teme absolutamente nada", disse o deputado, l�der da legenda que teve o maior n�mero de integrantes mencionados na dela��o de Costa. Cunha foi um dos defensores hoje de manter a oitiva aberta ao p�blico, ao contr�rio do que queria a oposi��o.
Ele argumentou que s� haveria sentido em fazer uma reuni�o sigilosa caso Paulo Roberto manifestasse interesse em falar, o que n�o aconteceu. "N�o vamos transformar uma palha�ada p�blica em uma palha�ada secreta. PMDB n�o tem nada a esconder".