A�cio: Administra��o da pobreza faz bem ao projeto do PT

O candidato do PSDB � Presid�ncia da Rep�blica, A�cio Neves, comentou na tarde desta quinta-feira 18, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (PNAD) divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) e afirmou que "a administra��o da pobreza faz bem ao projeto do PT". Ele falou ao jornal O Estado de S. Paulo ap�s um ato eleitoral em Itabuna, no interior da Bahia.

O tucano afirmou que, apesar do aumento de 5% da renda m�dia do trabalhador brasileiro, esse n�mero, de R$ 1.681 mensal, ainda � muito baixo. "� fundamental aumentar empregos de qualidade. Por que o Brasil ainda est� com uma m�dia salarial ainda t�o baixa? Porque estamos virando o Pa�s do pleno emprego de dois sal�rios m�nimos. O PT comemora isso como se fosse uma grande proeza. Esses empregos s�o importantes, mas � essencial que n�s encontremos formas de dar competitividade ao setor industrial, que � onde est�o os empregos de qualidade."

O candidato, por�m, afirmou que n�o ter� em seu eventual governo uma meta espec�fica de aumento do ganho salarial. "N�o estamos colocando metas. Mas o Pnad sinaliza aquilo que j� estamos avisando h� muito tempo: paramos de diminuir as desigualdades. A l�gica do PT sempre foi a administra��o da pobreza, eles n�o ousaram em novas pol�ticas de supera��o da pobreza, n�o resolveram intervir no cadastro �nico do Bolsa Fam�lia, por exemplo, para ver que al�m da car�ncia financeira as outras car�ncias. O PT contenta-se com a administra��o da pobreza porque isso faz bem ao seu projeto", avaliou. E finalizou: "Paramos de melhorar e esse � o primeiro passo para come�ar a piorar."

A PNAD aponta que a renda do trabalho emendou o nono ano seguido de alta real em 2013, mas a desigualdade parou de cair no Pa�s, mantendo-se no mesmo n�vel desde 2011. O �ndice de Gini, que mede a concentra��o de renda, piorou para 0,498 (quanto mais perto de zero, menor a desigualdade) em 2013, ante 0,496, considerando o rendimento do trabalho. Embora a varia��o seja pequena, o �ndice voltou ao patamar de 2011, quando estava em 0,499. Para o IBGE, o quadro � de estagna��o.

A Regi�o Nordeste apresentou o maior n�vel de desigualdade, com �ndice de Gini de 0,523. O Piau� (0,566) foi o destaque negativo, com a maior taxa do Pa�s. O menor grau de concentra��o de renda foi encontrado na Regi�o Sul (0,457), onde Santa Catarina registrou o menor �ndice do Pa�s (0,436).