A divulga��o ontem dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (Pnad) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) – que aponta a interrup��o na queda da desigualdade apesar do crescimento de 5,7% da renda m�dia do trabalhador brasileiro –, dominou os discursos de campanha dos tr�s principais candidatos � Presid�ncia da Rep�blica. O senador A�cio Neves, presidenci�vel do PSDB, afirmou que o crescimento da renda foi “muito baixo” e disse que “a administra��o da pobreza faz bem ao projeto do PT”. “A Pnad sinaliza aquilo que j� estamos avisando h� muito tempo: paramos de diminuir as desigualdades. A l�gica do PT sempre foi a administra��o da pobreza. Eles n�o ousaram em novas pol�ticas de supera��o do problema, n�o resolveram intervir no cadastro �nico do Bolsa Fam�lia, por exemplo, para ver que, al�m da car�ncia financeira, h� outras car�ncias. O PT contenta-se com a administra��o da pobreza porque isso faz bem ao seu projeto”, avaliou.
ERR�TICA A candidata do PSB, Marina Silva, tamb�m n�o poupou de cr�ticas a presidente Dilma Rousseff, candidata � reelei��o pelo PT. Disse que a interrup��o na queda da desigualdade e o aumento do desemprego s�o resultado de “pol�ticas err�ticas” da atual administra��o. “Como se n�o bastassem o crescimento baixo, a volta da infla��o, a eleva��o dos juros, agora temos o retorno da concentra��o de renda, que estava fazendo uma inflex�o para baixo. � s� uma demonstra��o de que uma coisa est� sendo discurso para ganhar elei��o e outra coisa � a pr�tica na hora de governar o pa�s, fazendo prioridades err�ticas”, afirmou a ex-senadora.
Para tentar mudar essa realidade, a socialista, que estava hospedada em um hotel no Rio de Janeiro e mais tarde faria ato p�blico em Vit�ria (ES) e em Aparecida de Goi�nia (GO), afirmou que, em seu governo, vai criar programas de qualifica��o que melhorem a capacidade dos trabalhadores, fazendo com que a renda cres�a. “Toda vez que se fala que Dilma corre o risco de aumentar seus percentuais nas pesquisas, a Petrobras se desvaloriza no mercado financeiro. Isso � falta de credibilidade”, disse Marina.
No sentido contr�rio das interpreta��es de seus advers�rios, a petista Dilma Rousseff saiu em defesa de sua administra��o e afirmou, por meio de nota, que os dados da Pnad demonstram que houve “avan�o na qualidade de vida dos brasileiros”. Al�m disso, o texto afirma: “O sal�rio real aumentou 5,7%, a formaliza��o do trabalho bateu recorde e o trabalho infantil registrou a menor taxa da hist�ria”. O governo destacou ainda que “a presen�a de itens como fog�es, geladeiras e TVs nas casas dos brasileiros est� praticamente universalizada”. A presidente n�o teve agenda de campanha ontem, se preparando para a entrevista que concederia � noite para uma emissora de TV.