Apenas 83 candidatos (0,32%) de um total de 25,9 mil que disputam as elei��es gerais deste ano se declararam ind�genas. Nenhum deles concorre � Presid�ncia da Rep�blica ou aos governos estaduais. Os candidatos que representam os �ndios est�o na corrida por cargos de deputado estadual (51), federal (24) e senador (3). A informa��o aparece como um dos destaques do levantamento Sub-representa��o de Negros, Ind�genas e Mulheres: Desafio � Democracia, lan�ado hoje (19), pelo Instituto de Estudos Socioecon�micos (Inesc), em Bras�lia.
“A partir de agora, com os dados oficiais, a gente tem uma forma concreta de pressionar uma mudan�a no sistema partid�rio, como foi com a quest�o do g�nero que j� tem a legisla��o [que reserva] 30% [das candidaturas para mulheres]. A gente sabia que tinha desigualdade, mas n�o tinha um dado oficial”, explicou Carmela Zigoni, assessora pol�tica do instituto.
Ela admitiu ainda que a situa��o ind�gena nas elei��es � uma das mais complicadas, tanto pela resist�ncia de outros setores �s pol�ticas destinadas a esses povos quanto pela aceita��o das legendas. “Por uma quest�o cultural, os ind�genas t�m sua pr�pria forma de organiza��o pol�tica, mas j� existe um processo de ind�genas quererem se candidatar porque h� uma compreens�o de que eles t�m que estar no espa�o de poder. Os partidos t�m que aceitar, mas nem sempre convidam ou promovem essas candidaturas.”
�ndio
A maioria dos estados n�o apresenta candidatos ind�genas. “Amazonas e Mato Grosso do Sul, que concentram as maiores popula��es ind�genas do pa�s, registraram nove e sete candidaturas respectivamente”, destaca o documento. Quase metade das candidaturas de ind�genas est� concentrada em tr�s partidos: PT, com 16 candidaturas, seguido do PSOL (12) e do PCdoB (11).
Depois de convencer os partidos, tanto �ndigenas quanto negros e mulheres ainda precisam vencer outro desafio, segundo a pesquisadora. “Hoje quem financia as campanhas � um conjunto de interesses privados. Essas candidaturas [de negros, �ndios e mulheres] normalmente s�o minorit�rias, t�m menos recursos e menos espa�o na m�dia”, explicou Carmela, destacando a dificuldade de a sociedade conhecer esses candidatos e suas propostas.
No estudo, os pesquisadores do Inesc ainda alertaram que, mesmo que eleitos, candidatos ind�genas ter�o mais uma barreira para vencer dentro do Congresso Nacional: a disputa de for�as com representantes de setores do agroneg�cio e da minera��o. “� o terceiro desafio. Se eleitos, ter�o que conseguir legislar dentro de uma Casa onde ainda os homens brancos s�o a maioria”, acrescentou Carmela.
As candidaturas de negros, que inclui pretos e pardos, est�o concentradas principalmente nos partidos ligados �s quest�es socialistas e oper�rias, como o PCB, PCdoB, PCO, PSTU e PSOL. Nas maiores legendas, a presen�a de negros representa, por exemplo, 41,9% das candidaturas do PT, 37,7% do PSB, 32,8% do PSDB e 26,5% do PMDB.
Na avalia��o da assessora pol�tica do Inesc, j� existe um equil�brio maior entre homens brancos e negros. “Mas se voc� passear nos corredores do Parlamento vai se perguntar onde est�o esses homens negros. Vamos ter uma an�lise depois das elei��es”, anunciou. Dos quase 26 mil candidatos, 38,6% s�o homens brancos e 30% s�o homens negros.
A maioria dos estados n�o apresenta candidatos ind�genas. “Amazonas e Mato Grosso do Sul, que concentram as maiores popula��es ind�genas do pa�s, registraram nove e sete candidaturas respectivamente”, destaca o documento. Quase metade das candidaturas de ind�genas est� concentrada em tr�s partidos: PT, com 16 candidaturas, seguido do PSOL (12) e do PCdoB (11).
Depois de convencer os partidos, tanto �ndigenas quanto negros e mulheres ainda precisam vencer outro desafio, segundo a pesquisadora. “Hoje quem financia as campanhas � um conjunto de interesses privados. Essas candidaturas [de negros, �ndios e mulheres] normalmente s�o minorit�rias, t�m menos recursos e menos espa�o na m�dia”, explicou Carmela, destacando a dificuldade de a sociedade conhecer esses candidatos e suas propostas.
No estudo, os pesquisadores do Inesc ainda alertaram que, mesmo que eleitos, candidatos ind�genas ter�o mais uma barreira para vencer dentro do Congresso Nacional: a disputa de for�as com representantes de setores do agroneg�cio e da minera��o. “� o terceiro desafio. Se eleitos, ter�o que conseguir legislar dentro de uma Casa onde ainda os homens brancos s�o a maioria”, acrescentou Carmela.
As candidaturas de negros, que inclui pretos e pardos, est�o concentradas principalmente nos partidos ligados �s quest�es socialistas e oper�rias, como o PCB, PCdoB, PCO, PSTU e PSOL. Nas maiores legendas, a presen�a de negros representa, por exemplo, 41,9% das candidaturas do PT, 37,7% do PSB, 32,8% do PSDB e 26,5% do PMDB.
Na avalia��o da assessora pol�tica do Inesc, j� existe um equil�brio maior entre homens brancos e negros. “Mas se voc� passear nos corredores do Parlamento vai se perguntar onde est�o esses homens negros. Vamos ter uma an�lise depois das elei��es”, anunciou. Dos quase 26 mil candidatos, 38,6% s�o homens brancos e 30% s�o homens negros.
Com Ag�ncia Brasil