Ara�atuba - Ocupado desde a semana passada com um intenso corpo a corpo para se mostrar aos eleitores, o candidato ao governo do Estado de S�o Paulo pelo PT, Alexandre Padilha, disse, nesta sexta-feira, 19, que o fato de n�o ser conhecido pelo eleitor como candidato vai funcionar como uma ferramenta positiva para lev�-lo ao segundo turno.
"No meu caso, isso (n�o ser reconhecido pelo eleitorado) � uma solu��o", respondeu
A exemplo do que ocorreu nesta sexta-feira em Ara�atuba, Bauru e Presidente Prudente, e na semana passada em Mar�lia e Ourinhos, em suas andan�as � comum Padilha n�o ser reconhecido pelos eleitores, que fazem cara de surpresa quando o candidato chega entregando santinhos, apertando a m�o ou abra�ando e beijando mulheres e crian�as. Ao ser questionado sobre qual era a sensa��o de n�o ser reconhecido por muitos eleitores, o ex-ministro respondeu: "Muitos n�o, ningu�m me conhece", afirmou. Qual a rea��o? "Eu me apresento, falo que sou candidato, entrego o panfleto com minhas propostas e digo que estou com Lula e Dilma", completa.
Padilha diz que a explica��o est� no fato de que os eleitores ainda n�o se interessaram, como deveriam, pelas elei��es, por isso n�o sabem ainda quem s�o todos os candidatos. "As pessoas n�o est�o assistindo ao hor�rio eleitoral gratuito", completa. Mas, segundo ele, enquanto o dia da elei��o se aproxima, mais aumenta o interesse dos eleitores em conhecer os candidatos e � ent�o que ele leva vantagem sobre os concorrentes.
"Eu sou uma nova cara, pois � a primeira vez que sou candidato majorit�rio, comprometido com uma nova pol�tica. � uma candidatura nova, de renova��o sendo apresentada � popula��o. As pessoas est�o cansadas de velhos rostos, como o do governador que est� h� 20 anos e perdeu a energia para mudar, e do outro candidato, que nos �ltimos 20 anos a �nica coisa que fez foi representar os mais ricos", disse se referindo ao governador Geraldo Alckmin e ao candidato do PMDB, Paulo Skaf.
Um dos assessores do candidato disse que no interior Padilha � mais conhecido do que na Capital, e lembra que Haddad tamb�m era praticamente um an�nimo antes de ser eleito. No entanto, como s�o elei��es diferentes e faltam apenas duas semanas para a vota��o, Padilha pede ajuda da milit�ncia. "Tenho certeza de que, com o aumento do interesse dos eleitores e com a milit�ncia nas ruas na reta final, vamos chegar ao segundo turno", afirmou.
F�bricas e com�rcio
Padilha passou a manh� desta sexta-feira visitando f�bricas de cal�ados em Birigui, onde se reuniu com trabalhadores e anunciou que, se for eleito, vai reduzir a carga tribut�ria do setor. "Vamos reduzir o Imposto Sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS) tamb�m para o varejo. A ind�stria j� tem essa redu��o, que ser� estendida tamb�m para o varejo, para as lojas. Com isso, as ind�strias fabricar�o mais cal�ados, as vendas aumentar�o nas lojas e mais empregos ser�o gerados", disse. "Tamb�m vamos reduzir o pre�o do ped�gio e da tarifa de energia para as empresas, a exemplo do que � feito hoje pelo Governo Federal", disse.
Em um discurso improvisado sobre um carro de som, Padilha pediu empenho da milit�ncia para chegar ao segundo turno. "Estamos a duas semanas da elei��o e h� tempo para que possamos, nesta reta final, convencer o maior n�mero de pessoas a votar com a gente", afirmou. "Os trabalhadores de Birigui precisam saber que o �nico governador que vai � porta das f�bricas, somos n�s, do PT", afirmou. Conhecida como a capital do cal�ado infantil, Birigui, de 110 mil habitantes, tem 19 mil trabalhadores em suas 250 f�bricas de cal�ados infantis e femininos.
Depois de Birigui, Padilha visitou Ara�atuba, onde fez corpo a corpo no cal�ad�o comercial e voltou a criticar o governador Geraldo Alckmin pela crise h�drica em S�o Paulo. "A situa��o � uma irresponsabilidade do atual governador", disse. "H� dez anos as obras j� estavam listadas e n�o fizeram as obras. Vou tirar todas as obras do papel porque tem dinheiro para isso - a Sabesp lucrou R$ 2 bilh�es em apenas um ano", explicou. "� poss�vel tirar e, mais do que isso, dar redu��o de impostos para os produtores agr�colas, para os empres�rios, para os donos de condom�nio que utilizem �gua de re�so e que fazem a capta��o pluvial para n�o disputar com a �gua que chega na casa, no hospital, no trabalho das pessoas", comentou.