O candidato do PMDB ao governo do Estado, Paulo Skaf, teve de driblar as divis�es internas do partido em agendas realizadas nesta ter�a-feira, 23, na regi�o de Campinas, interior de S�o Paulo. Em Piracicaba, o peemedebista encontrou a sede do diret�rio municipal, na Avenida Beira Rio, com a porta fechada. No endere�o estava prevista a concentra��o para uma caminhada at� a beira do rio Piracicaba. Alertado, Skaf desceu uma quadra antes.
Skaf encontrou o PMDB dividido tamb�m em Limeira. Os dois vereadores eleitos pelo partido n�o acompanharam o peemedebista em nenhum momento da agenda. Um deles chegou a integrar a equipe do prefeito Paulo Hadich, do PSB. "O PMDB aqui est� passando por uma reformula��o e � mais do que necess�ria", disse o candidato a deputado estadual Rafael Camargo. Apontado como articulador do "novo PMDB de Limeira", ele participou de corpo a corpo ao lado de Skaf.
Nas duas cidades, o candidato do PMDB deu entrevistas a ve�culos de comunica��o e criticou o governador Geraldo Alckmin, candidato do PSDB � reelei��o. Em Piracicaba, Skaf caminhou pelas pedras do leito do rio quase seco. "Onde a gente est� vendo pedra era tudo �gua. Nos �ltimos dez anos o Sistema Cantareira secou e os cinco metros c�bicos que eram transferidos para a bacia do Piracicaba passaram a tr�s metros, prejudicando toda esta regi�o, inclusive o rio Piracicaba, que recebe �gua do sistema." Segundo ele, em 2004, quando houve a renova��o da outorga do Cantareira, Alckmin estava no governo e se comprometeu a realizar obras para reduzir a depend�ncia do sistema, mas n�oo fez. "� falta de obras e falta de investimentos para acabar com as perdas da �gua captada, mas um ter�o se perde."
Segundo ele, quando atribui a crise h�drica � falta de chuvas, o governador comete um equ�voco. "Falta de chuva e falta de �gua n�o s�o a mesma coisa. Tem regi�o que � deserto, mas n�o falta �gua. Aqui, tem de rezar para chover, porque o governo n�o investiu." Skaf tamb�m criticou o governador por ter contestado sua proposta de parcelar em dez vezes o pagamento do IPVA, hoje pago em tr�s parcelas. "Ele disse que n�o d� para fazer porque n�o teve a ideia, mas, se formos eleitos, n�s vamos fazer."
Em Limeira, durante entrevista � TV Jornal, Skaf reagiu com irrita��o � pergunta sobre suposta contradi��o entre a participa��o do ex-governador Luiz Antonio Fleury Filho em sua campanha e a proposta de mudan�as. "O Fleury foi governador h� mais de vinte anos e tamb�m quer mudan�as. Se eu fosse do PSDB, voc� ia me perguntar do cartel do metr� e, se fosse do PT, a pergunta seria sobre o mensal�o", disse � rep�rter da emissora. Ele afirmou que n�o tem compromissos com cargos e que n�o lotear� o governo.
Perguntado sobre o fato de criticar o governador de quem era amigo quando presidia a Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), Skaf afirmou que � amigo de Alckmin. "A Fiesp n�o � uma institui��o partid�ria e nesse momento ele � meu advers�rio pol�tico e tamb�m me critica, embora sejamos amigos no campo pessoal." Com o diretor da TV, Orlando Zovico, o candidato do PMDB analisou as pesquisas e fez contas para o segundo turno. "Faltam uns cinco pontinhos", afirmou.