A candidata do PSOL � Presid�ncia, Luciana Genro, afirmou que seu programa de governo n�o � "diretamente socialista", mas sim de transi��o. Em discurso repleto de cr�ticas aos advers�rios - principalmente ao PT - a ex-deputada frisou, ao apresentar seu programa, que a primeira e mais importante mudan�a estrutural proposta diz respeito � pol�tica econ�mica.
"A l�gica econ�mica que o Brasil vive precisa ser rompida e nossa proposta � de ruptura. Nossa primeira pol�tica econ�mica � a elimina��o dessa l�gica de esfor�o produtivo para pagar os juros da d�vida", afirmou.
A candidata criticou seus advers�rios por responderem com perguntas evasivas quando questionados sobre de onde v�o tirar recursos para implementar suas propostas. "N�o temos contas na ponta do l�pis, mas n�s temos sim uma fonte muito clara para fazer essas melhorias que estamos propondo", disse. Segundo ela, o dinheiro vir� da mudan�a da pol�tica econ�mica, com o fim do super�vit prim�rio e a revolu��o da estrutura tribut�ria.
Luciana tamb�m disse que n�o buscar� atalhos para chegar ao poder, "como fez o PT". "Para aprovar a reforma da previd�ncia, Lula recorreu ao mensal�o", afirmou. "Esses mesmos atalhos trilhados pelo PT est�o sendo agora trilhados pela Marina", acrescentou, referindo-se principalmente � proposta da ex-ministra de conceder independ�ncia ao Banco Central. A socialista disse ainda que acredita ser poss�vel mobilizar a popula��o para aprovar medidas que dizem respeito ao interesse do povo. "Confiamos nessa capacidade de mobiliza��o para implementar as mudan�as que a gente defende", ressaltou.
Calote da d�vida
A candidata do PSOL negou que a proposta do seu programa de governo de colocar "abaixo o super�vit prim�rio" se configure em um calote da d�vida. "A proposta vem acompanhada da auditoria da d�vida, por isso n�o � um calote", disse.
"Calote � o que o governo brasileiro tem dado ao povo", acrescentou, gerando manifesta��es de apoio da plateia de cerca de 20 militantes do partido. Segundo ela, com a auditoria, o pagamento para "bancos e especuladores" ser� suspenso, mas fundos de pens�o e pequenos poupadores n�o ser�o afetados.
A candidata ressaltou ainda que o Congresso j� identificou um conjunto de irregularidades na d�vida p�blica que precisa ser analisado.
"Os especuladores certamente n�o v�o gostar e v�o embora. Podem ir com Deus", disse, arrancando risos. "N�o queremos esse movimento de capitais que vem para parasitar na economia. J� investidores produtivos, esses poder�o continuar investindo, desde que respeitem as regras que o novo governo vai impor democraticamente", afirmou.
O programa de governo do PSOL foi lan�ado em um hotel no centro de S�o Paulo, em uma sala com militantes do partido, coordenadores de campanha e a imprensa. O evento foi breve e a candidata seguiu para um encontro com mulheres.
