Sem sucesso nas a��es impetradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a campanha presidencial de Marina Silva (PSB) minimizou a decis�o do PT de pedir direito de resposta pelo programa exibido no hor�rio eleitoral de TV. Nessa ter�a-feira, 23, a campanha da ex-senadora foi ao ataque ao mencionar o esc�ndalo envolvendo a compra da refinaria de Pasadena (EUA) e disse que a Petrobras virou "caso de pol�cia". Faltando 10 dias para o primeiro turno, os advogados autorizaram a campanha a reagir e elevar o tom para n�o gastar seus 2 minutos apenas na defensiva.
Segundo a advogada, ao lembrar que o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa disse em depoimento que a base aliada do PT no Congresso "era sustentada pela corrup��o" e que o Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) pediu que a presidente Dilma Rousseff responda pelo "rombo" causado pela compra da refinaria nos Estados Unidos, a campanha segue a linha tolerada pelo TSE. "A cr�tica � Pasadena est� dentro do jogo", comentou Gabriela, duvidando que os ministros tirem metade do tempo de Marina para a resposta de Dilma.
A campanha de Marina Silva j� entrou com pelo menos tr�s pedidos de direito de resposta sobre as cr�ticas do PT � proposta de autonomia do Banco Central e � pol�tica de utiliza��o dos recursos do pr�-sal. Embora os advogados tenham investido no argumento da desproporcionalidade do tempo de TV - Marina tem pouco mais de 2 minutos e Dilma, mais de 11 minutos - todos os requerimentos foram rejeitados pela Corte eleitoral. "Eles (ministros) est�o deixando o jogo acontecer", avaliou a advogada.
O ex-coordenador da campanha presidencial do PV em 2010 - quando Marina se lan�ou candidata ao Pal�cio do Planalto pela primeira vez - e um dos principais articuladores da campanha de 2014, Jo�o Paulo Capobianco chamou a a��o jur�dica do PT de "pat�tica". "Eles (petistas) podem falar inverdades e n�s n�o podemos falar a verdade? � a invers�o da realidade", disse.
Capobianco afirmou que o sucesso da campanha de Marina pode ser avaliado pela quantidade de investidas do PT contra a presidenci�vel. Ele explicou que a campanha decidiu contra-atacar por "necessidade de esclarecer os pontos" em discuss�o no momento.