
O candidato do PSDB � Presid�ncia da Rep�blica, senador A�cio Neves, afirmou nessa quinta-feira que o acordo de dela��o premiada do doleiro Alberto Youssef, negociado na quarta-feira com o Minist�rio P�blico Federal, vai fazer “muita gente tremer” com a possibilidade de novos casos de corrup��o dentro da Petrobras. O tucano avaliou que os problemas na administra��o da estatal s�o “mais graves do que est� sendo noticiado” e apontou a presidente Dilma Rousseff (PT) como maior respons�vel pelos desvios na empresa, uma vez que ela “comandou a estatal com m�o de ferro”.
“Tem muita gente por a� que treme, e muito, com essas dela��es premiadas. Inclusive com uma declara��o do diretor preso (Paulo Roberto Costa) em rela��o � participa��o de outros diretores da empresa. N�o foi um fato isolado, n�o foi uma c�lula da empresa. Essa coisa funcionou de forma org�nica dentro da Petrobras ao longo de todo esse governo do PT. Ser� que d� para acreditar que a presidente Dilma n�o sabia?”, questionou A�cio.
O doleiro foi preso em mar�o durante a Opera��o Lava a Jato, da Pol�cia Federal, acusado de chefiar um esquema de lavagem de dinheiro e evas�o de divisas que teria movimentado R$ 10 bilh�es. Na quarta-feira, Youssef passou o dia no MPF, em Curitiba, onde firmou o acordo e prestou o primeiro depoimento sobre supostas irregularidades em contratos da Petrobras.
A�cio criticou tamb�m a pol�tica externa do governo federal e lamentou que a presidente tenha atacado – em seu discurso na Assembleia Geral da ONU – a coaliz�o formada por v�rios pa�ses para combater o Estado Isl�mico (EI). “Em especial a manifesta��o da presidente em rela��o � postura das negocia��es, � postura dos Estados Unidos e da coaliz�o que se formou em rela��o �s a��es do Estados Isl�mico. A presidente trocou di�logo com um grupo que est� decapitando pessoas. Realmente essa n�o � a pol�tica externa que consagrou o Brasil ao longo dos s�culos”, criticou A�cio.
Em campanha � Regi�o Sul, o candidato ironizou o discurso da petista ao apontar a��es do governo para impedir atos de corrup��o na administra��o federal. Ele disse que Dilma deveria pedir desculpas ao povo brasileiro “pela governan�a tr�gica e perversa na Petrobras”.
GRENAL Em Porto Alegre, o tucano se mostrou confiante de que at� 5 de outubro sua candidatura receber� parte dos eleitores que hoje apoiam Marina Silva (PSB), o que o levaria para o segundo turno. “N�o sa� de casa para figurar numa campanha eleitoral, minha disputa � para valer”, afirmou A�cio. “As propostas dela n�o se sustentam. Hoje ela sorri para o agroneg�cio, mas h� alguns anos queria inviabilizar o trabalho no campo com sua proposta de restringir os transg�nicos. Em 2003, quando o governo aprovou uma reforma da Previd�ncia prejudicial aos aposentados, tamb�m n�o a vi esperneando ou criticando o PT”, destacou o candidato.
Para criticar a advers�ria, A�cio usou uma analogia futebol�stica. O tucano comparou Marina a um torcedor do Internacional que decide torcer para o arquirrival Gr�mio. “Como um ga�cho interpretaria um torcedor que esteve 24 anos no colorado, n�o conseguiu se eleger presidente do time e aparece em um Grenal (cl�ssico entre as duas equipes) com a camisa do Gr�mio? Ou vice-versa?”, alfinetou A�cio. Ele ressaltou que Marina construiu sua carreira no PT, mas que ela “n�o gosta de ser lembrada disso”.