Depois de a presidente e candidata � reelei��o Dilma Rousseff (PT) usar a express�o "nem que a vaca tussa" para garantir que n�o vai mudar a Consolida��o das Leis do trabalho (CLT), as centrais sindicais - CUT, For�a e UGT - fizeram um ato nesta sexta-feira, 26, no centro de S�o Paulo, para refor�ar a defesa da candidatura da petista e tamb�m tentar alavancar o candidato do PT ao governo do Estado, Alexandre Padilha.
Apesar de nem Marina Silva (PSB) nem A�cio Neves (PSDB) terem dito publicamente que pretendem mexer em direitos trabalhistas, a campanha da presidente Dilma tem refor�ado que eles s�o uma amea�a aos trabalhadores. O presidente da CUT, Vagner Freitas, um dos organizadores do ato de hoje, disse que h� raz�es para acreditar que ambos amea�am os direitos trabalhistas.
Vagner lembrou que A�cio era presidente da C�mara em 2001 quando o ent�o presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) prop�s altera��es no artigo 618 da CLT, permitindo que acordos prevalecessem sobre a legisla��o. O projeto passou na C�mara, empacou no Senado e terminou arquivado em 2003. "N�s da CUT somos favor�veis � negocia��o, mas n�o assim, sem nenhum amparo jur�dico e legal. Quando estou afirmando que, se A�cio for eleito, ele vai atentar contra os direitos fundamentais da classe trabalhadora, inclusive f�rias e 13º, pega o 618, estava contido l�", disse.
O sindicalista disse ainda que Marina tamb�m � uma amea�a, pois hoje ela est� assessorada pelos mesmos economistas que estavam no governo tucano, referindo-se a Eduardo Gianetti e Andr� Lara Resende. "S�o os idealizadores econ�micos do famigerado programa da Marina. N�o estou contando mentira, estou contando hist�ria", afirmou.
Padilha, que aproveitou o ato para tentar colar sua imagem � de Dilma, disse concordar com o temor dos trabalhadores em rela��o aos advers�rios da presidente. "O que os trabalhadores est�o falando � uma cr�tica clara � postura de outros candidatos a presidente da Rep�blica, que falaram que iam fazer uma revis�o na CLT", disse. Segundo ele, qualquer revis�o na CLT pode implicar fim de direitos. "Mexer na CLT significa mexer em todos os direitos trabalhistas. N�o sabe como come�a e muito menos como termina", afirmou.