S�o Paulo - A uma semana do primeiro turno das elei��es, a l�der nas pesquisas de inten��o de voto, a presidente e candidata � reelei��o pelo PT, Dilma Rousseff, foi o alvo preferencial dos ataques no debate realizado ontem na TV Record com sete candidatos que pleiteiam a Presid�ncia da Rep�blica. Nervosa, a presidente, que trajava um blazer vermelho, n�o sorriu uma �nica vez e chegou a insistir por tr�s vezes, no primeiro bloco do embate, nos pedidos de direito de resposta. Apenas quando foi citada nominalmente � que a dire��o da emissora lhe concedeu 30 segundos para se defender.
O primeiro embate entre Dilma e a segunda colocada nas pesquisas de inten��o de voto, Marina Silva, se deu no in�cio do primeiro bloco, quando a petista perguntou qual foi o voto de Marina com rela��o � CPMF, j� que ela havia mudado quatro vezes de partido em tr�s anos. Marina disse que mudou de partido para n�o mudar de ideais e de princ�pios e frisou: "Votei favor�vel (na quest�o da CPMF), sim. Eu e o senador Eduardo Suplicy. Tenho total coer�ncia com as posi��es que defendo e foi por isso que disse que n�o fa�o oposi��o por oposi��o. Sei o que � melhor para o Brasil." Na r�plica, Dilma ironizou dizendo que estava estarrecida porque ela n�o se lembrava de ter votado quatro vezes contra essa contribui��o. "N�o acredito que a senhora n�o se lembre que votou 4 vezes contra a CPMF."
J� o candidato do PSDB, A�cio Neves, ao contr�rio do que esperavam alguns de seus correligion�rios, n�o dirigiu suas baterias contra Marina Silva, que no momento � seu maior empecilho para disputar o segundo turno dessas elei��es, e preferiu dirigir suas maiores cr�ticas contra Dilma e o esc�ndalo na Petrobras. Antes da morte do ex-governador Eduardo Campos, A�cio estava em segundo lugar nas pesquisas e era o mais cotado a disputar com Dilma a segunda fase da elei��o presidencial. Com a morte de Campos e a entrada de Marina Silva como cabe�a de chapa do PSB, a ex-senadora ultrapassou A�cio nas pesquisas e hoje � a mais cotada para enfrentar a petista no segundo turno.
O debate foi marcado tamb�m pela falta de resposta dos candidatos �s perguntas que lhes foram feitas. No in�cio do embate, por exemplo, Dilma Rousseff n�o respondeu diretamente a quest�o da candidata do PSOL, Luciana Genro, sobre se manteria o fator previdenci�rio, e preferiu dizer o que o governo petista fez para os aposentados. Em outro bloco, a petista foi criticada por A�cio Neves, que falou da "perplexidade" de diplomatas e de "alguns brasileiros" que sua atitude de propor di�logo com o grupo jihadista Estado Isl�mico causou. Dilma ignorou as cr�ticas do tucano sobre seu discurso na ONU. E defendeu a atua��o de seu governo na �rea da seguran�a.
Os candidatos menos pontuados, os nanicos, que participaram do debate, Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro (PSOL), Levy Fidelix (PRTB) e Eduardo Jorge (PV) protagonizaram os momentos mais hil�rios. Eduardo Jorge brincou ao dizer que n�o sabia para quem iria dirigir as perguntas, se "para a direita ou para a esquerda". Teve at� um momento de constrangimento, quando Fidelix falou que � contra a uni�o homoafetiva e exemplificou, dizendo que aparelho excretor n�o reproduz e que os homossexuais precisam de atendimento psicol�gico "bem longe da gente". Antes do dia 5 de outubro, quando ocorre o primeiro turno da elei��o, os candidatos se enfrentam mais uma vez, no debate da Rede Globo, que ocorre na quinta-feira (2).